Cidades

Mercado do espumante no DF movimenta cerca de R$ 400 milhões por ano

Crescimento é impulsionado por produtos nacionais de qualidade, pelo clima quente e seco e por lojas especializadas. A capital federal aparece como a segunda cidade com mais apreciadores no Brasil

Flávia Maia
postado em 21/09/2014 07:30

Se o espumante era aguardado só para as festas de fim de ano, nos últimos 10 anos, ele tem sido progressivamente incorporado a outros períodos pelas famílias brasilienses. O crescente número de apreciadores alça a capital do país para a segunda colocação na lista das cidades que mais consomem a bebida, ficando atrás apenas de São Paulo. Em Brasília, o espumante, ao lado do vinho, movimenta cerca de R$ 400 milhões anuais, entre produtos brasileiros e importados. Em todo o Brasil, são R$ 40 bilhões.



A estimativa do setor é de que, em Brasília, 300 mil pessoas consumam as duas bebidas alcoólicas diariamente ; a média é de 4,3 milhões de litros anuais. Por pessoa, 1,64l. Os dados são uma compilação de levantamentos da Associação Brasileira de Sommeliers de Brasília (ABS), do Instituto Brasileiro do Vinho (Ibravin), da Associação Brasileira de Supermercados (Abras) e da Federação do Comércio do Estado de São Paulo (Fecomércio). Os bons números do segmento propiciam o aumento de lojas e atacadistas do gênero em Brasília, além de feiras especializadas. Todos trazem produtos das principais vinícolas do Brasil e do mundo.

Parte do crescimento desse consumo se explica pela boa safra de produtos brasileiros que chegam ao mercado, o que possibilitou preços mais acessíveis e menos sensíveis às variações do dólar, como é o caso das mercadorias de outros países. Assim, o segmento de espumantes sente menos a crise econômica do que o de vinhos, por exemplo. Até 2004, 20% do espumante consumido em Brasília era brasileiro e 80%, estrangeiro. Dez anos depois, a equação se inverteu. Isso foi decisivo para a bebida se tornar mais popular na capital do país. O preço médio gasto pelo brasiliense por garrafa é de R$ 50.



O clima seco e quente também aparece como atrativo. ;Por ser servido gelado, o espumante se adequa bem às temperaturas de Brasília;, analisa o proprietário da Adega Baco, Gilberto Zortea. O empresário está no mercado de vinhos e espumantes há 12 anos e, segundo ele, nesse período, cresceu a quantidade de consumidores e do tíquete médio. ;Há 12 anos, vendíamos mais produtos populares e baratos. Hoje, os clientes são mais exigentes e informados e aceitam comprar uma garrafa mais cara;, explica. Para manter a clientela exigente, Zortea aposta em rótulos exclusivos ; são 350 de diferentes regiões, uvas e vinícolas. O empresário tem duas lojas e 11 funcionários e comercializa em torno de 1,3 mil garrafas por mês, só de espumantes.

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