Cidades

Pioneiro Antônio Augusto de Lima comemora 100 anos no próximo domingo

O cearense conta sua história de conquistas no Distrito Federal

postado em 23/09/2014 06:10
O seu Lima, com a mulher, Geralda, companheira há 73 anos:

Os números não assustam o cearense Antônio Augusto de Lima. Contador e bancário aposentado, ele completa, hoje, 100 anos, 52 deles em Brasília. Ao transformar as dezenas em histórias de vida, é com naturalidade que o seu Lima conta de quando saiu de Jacobina, na Bahia, com a mulher, Geralda Lima, grávida, e 10 filhos, e veio para a capital. Eram tempos de casas de madeira e de poeira vermelha, nos quais a solidariedade se multiplicava entre os primeiros moradores da cidade. Décadas depois, o pioneiro reúne 70 familiares e amigos para comemorar o centenário de luta.

Conciso, ele narra a trajetória com objetividade. A lucidez não o trai. Lembra-se de detalhes saborosos da vida, como o de quando se escondeu no alto de uma árvore durante a Intentona Comunista, em 1935. O movimento lutava contra o regime de Getúlio Vargas e, durante uma marcha de militares apoiadores, em Natal, o jovem Augusto Lima se viu obrigado a buscar abrigo. ;Estávamos eu e um amigo. Os militares estavam vindo, então, a única saída para me proteger foi subir na copa de uma árvore frondosa. Lá, passei a noite, até que tudo se acalmasse;, conta.

Passados três anos do episódio, seu Lima foi aprovado no concurso para o Banco do Brasil, também em Natal, onde trabalhou até 1977. Por causa da profissão, percorreu diversos municípios do Rio Grande do Norte e da Bahia. A transferência para Recife, em Pernambuco, estava praticamente acertada quando ficou sabendo da possibilidade de se mudar para Brasília. Aqui, receberia o salário em dobro e teria condições de proporcionar estudo a todos os filhos. ;Com 11 para criar, em idades variadas, todos deveriam estudar em escola e em universidade pública;, afirma.


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