Cidades

Homem que faz mensageiro refém atira objetos contra curiosos e hóspedes

A polícia aumentou o perímetro de isolamento e acredita que, se as dinamites forem verdadeiras, podem destruir três andares

postado em 29/09/2014 13:45
Cinco horas após um homem anunciar um ataque terrorista e manter um refém no hotel St. Peter, o clima no local ainda é de tensão. O homem que fez um mensageiro, conhecido como Ailton, de refém e vestiu nele um colete com suspostas dinamites, saiu na varanda do quarto onde está e apontou a arma para curiosos e hóspedes, no começo da tarde desta segunda-feira.



Em seguida, jogou dois objetos da janela, o que provocou correria. Depois dos atos, o Batalhão de Operações Especiais (Bope) aumentou o perímetro de isolamento. Eles isolaram também o prédio dos Correios, em frente ao hotel. A polícia estima que, se a bomba no colete do refém for verdadeira, pode destruir pelo menos três andares, incluindo o 13;, onde o possível terrorista e a vítima estão.

Os primeiros hóspedes a serem avisados do ataque estavam no 13; andar. O possível terrorista e o refém passaram nos quartos falando sobre a bomba que Ailton carregava no corpo. Os outros, cerca de 300, viram o desespero de quem descia as escadas ou o elevador. A organizadora de eventos Élen Cássia, 36 anos, está em Brasília para um congresso de cardiologistas e contou o que viu. ;Por volta das 7h30 as pessoas começaram a descer dizendo que o seu Ailton estava algemado e com um colete de bombas no corpo. Eles desciam com as malas, correndo;, conta. Segundo ela, o hotel, em um primeiro momento, pediu para as pessoas saírem alegando um vazamento de gás. ;Só depois soubemos de tudo. Alguns funcionários ainda tentaram barrar a saída de quem não havia feito o check-out;, relatou.

Dos 300 hóspedes, alguns se mantém ao redor do hotel. Eles querem saber sobre as malas que ainda estão nos quartos. Alguns fizeram o hotel ao lado de abrigo para esperar a situação se resolver.

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