Cidades

Após temporada de calor, a chuva voltou a cair no Distrito Federal

Aguaceiro veio acompanhado de vento forte que chegou a destelhar casas e supermercado em Samambaia. Segundo o Inmet, as precipitações começam a ser mais comuns a partir dos próximos dias

Ailim Cabral
postado em 21/10/2014 06:20

Outdoor caiu em cima de um carro em Samambaia depois da chuva no fim da tarde de ontem. Por sorte, ninguém saiu ferido
Converse com qualquer pessoa que mora em Brasília. Em menos de cinco minutos, o clima aparece no papo. Se antes falavam só do calor, agora, o assunto é a chuva. Tudo por conta da mudança climática prevista pelo Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) para ocorrer nos próximos dias. A partir de hoje, a tendência é que o cerrado se refresque com chuvas rápidas e intensas. Ontem, choveu em Riacho Fundo, Taguatinga, Samambaia, Guará e Brazlândia.

O aguaceiro em Taguatinga e Samambaia, no fim da tarde de ontem, causou estragos, mas sem vítimas. Um outdoor caiu em cima de um carro entre as quadras QR 210 e 212 de Samambaia Norte. O acidente danificou também fios e postes do local. Gustavo Pereira, 27, dono do veículo, contou que, por volta das 18h, estava no carro com três amigos quando os fortes ventos derrubaram a placa. ;Na hora, achei que tinha sido uma batida, foi um susto enorme;, acrescenta. Ninguém se feriu no acidente. Por volta de 18h40, o forro do telhado de um supermercado na Quadra 201 de Samambaia Norte cedeu. O Corpo de Bombeiros interditou o local e chamou a Defesa Civil, devido ao risco de desabamento.

Antes de dar as boas-vindas à chuva, o clima na cidade era de desânimo por causa do calor. Para o engenheiro florestal Vitor Martim de Oliveira, 35, a agonia ocorre quando está em locais fechados. Vitor faz exercícios no Parque da Cidade pelo menos três vezes por semana e não vê problema no sol forte. ;Gosto disso aqui. Me sinto livre. A minha academia é ao ar livre. O clima ajuda no ânimo dos exercícios;, argumenta.


Água

Há quase seis meses, moradores de São Sebastião passaram a conviver com a rotina de abrirem as torneiras das casas e delas não sair uma gota d;água. O problema não se estende apenas por horas. Em algumas localidades, a população chegou a ficar até oito dias sem o serviço. No fim de semana, a população de Brazlândia, Santa Maria e Sobradinho também foi atingida pela interrupção. A Companhia de Saneamento Ambiental do Distrito Federal (Caesb) garante que a capital federal não corre risco de ficar sem água. Mas um especialista do setor revela que o risco é real na região.

O gerente de planejamento e controle de água da Caesb, Diogo Valadão Gebrim, justifica as falhas no abastecimento no fim de semana ao alto consumo no período de calor. ;Nessas localidades, o que houve foi um uso excessivo. Em São Sebastião, há uma preocupação: a capacidade do manancial opera no limite;, explica. De acordo com a Caesb, os níveis de água nos dois reservatórios da capital (Santa Maria e Lago do Descoberto) estão assegurados. Porém, o professor da UnB e vice-presidente do Comitê da Bacia Hidrográfica do rio Paranoá, Paulo Sérgio Bretas de Almeida Salles, afirma que se não houver um consumo consciente, a capital pode sofrer com a interrupção. ;A nossa oferta de água na seca sempre foi baixa. O fato de a população ter crescido de uma forma desordenada fez com que perdêssemos muita água.

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