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Nova sede do Governo do Distrito Federal será inaugurada por Agnelo Queiroz

Direção do Centro Administrativo prevê entrega por volta de 10 de dezembro. Atual governo quer incluir no contrato de construção a estrutura necessária ao funcionamento, como telefone e internet. Rollemberg não revelou se começará a gestão no local

postado em 12/11/2014 06:30
O ritmo dos trabalhos no Centrad está acelerado para que a entrega ocorra dentro do prazo
O barulho das máquinas a pleno vapor pode ser ouvido de longe no Centro Administrativo de Taguatinga (Centrad), futuro endereço da maioria dos órgãos do Governo do Distrito Federal (GDF). O ritmo está acelerado, e a previsão de entrega é por volta de 10 de dezembro. Após a liberação dos prédios, caberá a Rodrigo Rollemberg (PSB), governador eleito para os próximos quatro anos, decidir quando se mudará o Palácio do Buriti.

A parte principal da obra está pronta. A primeira fase, que inclui os edifícios e o centro de convenções, já foi finalizada. O restante do projeto, referente a estruturas como a do centro de convivência, da governadoria e do posto do Na Hora, por exemplo, será concluído na primeira semana de dezembro. ;Vai ficar faltando a arrumação geral, a organização externa da obra, tirar os tapumes, o que vamos começar a fazer a partir da próxima semana. No início de dezembro, estará 100% pronto;, garantiu o diretor-geral do Centrad, André Alves. Segundo ele, a decoração e a mobília do prédio ficarão a cargo do novo governo, que ainda não decidiu se essa parte será feita por meio de consórcio.

Intenção de mudar


Rollemberg não confirmou se começará os trabalhos como governador na nova sede do Executivo. Apesar da previsão de entrega no próximo mês, ele pretende esperar mais um pouco para definir quando será a mudança. Uma das questões é saber se o prédio terá condições técnicas de funcionar, com água, luz, internet e móveis. No entanto, desde a época de campanha, Rollemberg manifestava a intenção de mudar para Taguatinga caso o espaço estivesse, de fato, pronto.

São 182 mil m;. Uma estrutura com 16 torres, quatro delas com 15 andares, 10 com quatro andares. Os prédios são grandes, bonitos, e a impressão de quem vê de fora é de que estão praticamente prontos. Ao todo, de 12 mil a 15 mil funcionários devem ir para o local. A maioria, servidores das secretarias do governo. Haverá um edifício para a governadoria e um shopping. A estrutura ainda terá espaço para um anfiteatro, praça de alimentação, livraria e barbearia, que formarão um centro de convivência.

Segundo o secretário da Casa Militar, coronel Rogério Leão, o governo está tomando todas as providências para entregar não só a obra, mas também a estrutura necessária para funcionamento. Ontem, ele participou de uma reunião para tratar desses pontos. ;Sentamos com o conselho gestor para tratar do que chamamos de termos de alteração de contrato, para viabilizar tecnologia, telefone, wi-fi e todos os detalhes que são necessários para que os prédios funcionem efetivamente;, explicou o coronel. A partir de agora, o assunto será tratado com a equipe de transição do novo governador. ;Queremos incluir isso nas contraprestações da PPP (Parceria Público-Privada), como bens a serem incorporados, mas vamos conversar com a equipe porque pode ser que entendam de outra forma;, adiantou.

Ao todo, R$ 600 milhões serão investidos na obra, feita por PPP. Até agora, o GDF ainda não desembolsou nada desse valor. Começará a pagar a partir do próximo mês caso a entrega seja realmente feita. O valor da construção será pago em parcelas mensais à empresa responsável pela obra, em 22 anos, durante os quais a construtora privada fará toda a manutenção necessária nos prédios.

Impacto

Um dos principais motivos da criação e da execução do projeto de um novo centro administrativo era a necessidade de diminuir ou até mesmo acabar com os aluguéis que o governo despende para abrigar pastas e órgãos do Executivo. O Instituto de Defesa do Consumidor (Procon-DF), por exemplo, paga aproximadamente R$ 100 mil por mês por um espaço no Shopping Venâncio, no Centro de Brasília. Em uma das últimas contas feita pelo atual governo, a previsão, com a mudança para o Centrad, era reduzir os gastos com pagamento de aluguéis e de serviços de vigilância e manutenção predial em cerca de R$ 11 milhões por mês.

Outro ponto relevante para o governo foi a mobilidade urbana. Como boa parte dos serviços públicos funcionam no centro de Brasília, o fluxo de carros é maior nesse sentido. Resultado: engarrafamentos diários. Com a inversão do trânsito, haveria a redução desses congestionamentos. Além da estação de metrô em frente ao prédio, a construção do túnel no Centro de Taguatinga e a futura implantação do BRT visam diminuir o tráfego.

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