Cidades

Cespe nega atraso na correção do Exame Nacional do Ensino Médio

Segundo alguns dos trabalhadores, não houve contrato escrito e vários dos pontos acordados verbalmente não foram cumpridos

postado em 28/11/2014 16:13

Trabalhadores fazem protesto após receberem notícia da demissão

Cento e dezoito funcionários terceirizados do Centro de Seleção e Promoção de Eventos (Cespe), envolvidos nos serviços de digitalização, triagem e financeiro das correções das provas do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), foram demitidos nesta quinta-feira (27/11). Eles alegam que, com a diminuição de mão-de-obra à noite, o processo de entrega dos resultados pode demorar. O Cespe nega qualquer atraso.

Segundo alguns dos trabalhadores, não houve contrato escrito e vários dos pontos acordados verbalmente não foram cumpridos. Eles alegam que, no anúncio da vaga, prometia-se um salário de R$ 1,6 mil. "Após a entrada da empresa Virtual Empreendimentos Ltda., contratada pelo Cespe para a correção da prova, caiu para R$ 1.080", diz Watson da Nóbrega, 33 anos, auxiliar administrativo na parte de digitalização.

De acordo com Watson e outros colegas dele, havia sido acordado um adicional noturno de 70%, porcentagem que depois caiu para 20%. Os salários não foram pagos. Desde o começo da semana, os funcionários reclamam e, nesta quarta-feira (26/11), decidiram não entrar para trabalhar. Na quinta, viram uma lista com 118 nomes tidos como dispensados. Entre eles, o de Watson.

Por meio da assessoria de comunicação, o Cespe informou que é um "contigente limitado" de pessoas demitidas, "118 em um universo de 700", e que a dispensa do pessoal não afeta o andamento das correções. Segundo o instituto, a Virtual Empreendimentos "foi contratada seguindo todas as normas e regras do Regulamento de Compras e Contratações do Centro e que teria apresentado a documentação necessária.

"Destaca-se que a circustância (demissão dos 118 terceirizados) reflete uma situação pontual e não prejudica e nem traz riscos à operação realizada pelo Cespe", continua a resposta, enviada por e-mail. A reportagem tentou contato com representantes da Virtual Empreendimentos, mas eles não atenderam o telefone.

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