Cidades

No Plano Piloto, maior parte da população ganha mais de R$ 14 mil mensais

Os que vivem com até um salário mínimo correspondem a pouco mais de 1%

postado em 03/12/2014 15:00
Os altos preços praticados na capital federal se justificam na alta renda dos moradores do Plano Piloto - a média salarial domiciliar é de R$ 12.742. A quantia dos vencimentos por domicílio corresponde a 17,60 salários mínimos. De acordo com os dados divulgados pela Companhia de Planejamento do Distrito Federal (Codeplan), nesta quarta-feira (3/12), o grupo mais expressivo de habitantes - que corresponde a 33,66% do total - chega a embolsar valor superior a 14 mil por mês. Apenas 1,42% dos moradores vive com, no máximo, um salário mínimo.

[SAIBAMAIS]A alta renda, no entanto, caiu ante os dados de 2004 e 2011 da Pesquisa Nacional por Amostras de Domicílios de 2014 (PDAD). Em 2004, os vencimentos dos moradores de Brasília chegaram a 19,3 salários mínimos. Em 2011 o número começou a registrar uma leve queda e alcançou 19,24 salários mínimos. Os índices revelaram ainda que o chefe do lar residente na região recebe, em média, um salário de R$ 8.291,26.

O levantamento feito na Asa Sul, Asa Norte, Vila Planalto, Vila Telebrasília, Vila Weslian Roriz e Setor Militar Urbano (SMU), indica que a renda per capita chegou a R$ 5.188,84. Servidores públicos e militares predominam no Plano Piloto - o contingente é de 38,35%. Empregados de carteira de trabalho assinada chegam a 37,32% e os sem carteira 2,68%. Os autônomos representam 15,11% do total de mão de obra da região.

Dados mais gerais apontam que 97,21% dos moradores do Plano Piloto se dedicam ao setor de serviços. Ainda de acordo com os dados, 11,83% trabalham no comércio, 8,99%, nos serviços gerais e 7,62, atuam como manicure, massagistas, entre outros serviços pessoais.

Mobilidade
Na região pesquisada, 43,72% dos domicílios têm um carro enquanto 43,79% têm dois ou mais. Devido a proximidade dos ministérios e sedes de empresas, a bicicleta é o segundo veículo com maior participação com 35,06%, seguido pela motocicleta, 4,21%.

Mobilidade aliada a qualidade de vida motivaram Marina Fernandes a trocar o carro pela bicicleta
A gestora de conteúdo digital Marina Fernandes Severino, 28 anos, tinha o costume de acordar cedo para pedalar antes do trabalho e esse hábito fez com que ela trocasse o carro pela bicicleta para chegar até o emprego. O incentivo da empresa em que trabalha foi fundamental para a escolha. "O grande diferencial é o vestiário com chuveiro porque eu posso tomar banho antes de começar a trabalhar". Na volta, Marina ainda consegue economizar tempo para chegar em casa, na Asa Sul. "É a atividade física que eu tenho para fazer. Consigo chegar em 20 minutos".

O serviço de internet que prevalece em Brasília é o de banda larga, encontrado em 88,58% das residências. Contudo, a internet discada ainda faz parte da rotina dos moradores de ao menos 2 mil casas. O serviço de TV por assinatura é utilizado por 78,04% dos domicílios.

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