Cidades

Adolescentes que aguardavam audiência fogem da Vara da Infância

O local, segundo a Secretaria da Criança do Distrito Federal, é monitorado pela Polícia Militar

Isa Stacciarini
postado em 11/12/2014 09:25

Três adolescentes da Unidade de Internação Provisória de São Sebastião (UIPSS) fugiram do sistema socioeducativo na tarde desta quarta-feira (10/12). Os jovens de 17 anos tinham sido transferidos para a Vara da Infância e Juventude (VIJ) e aguardavam audiência individual na carceragem do poder judiciário quando conseguiram sair sem serem notados.

O local, segundo a Secretaria da Criança do Distrito Federal, é monitorado pela Polícia Militar. A PM, contudo, informou que a responsabilidade é dos servidores socioeducativos e que a corporação mantém apenas uma base do lado de fora da unidade.

Ainda de acordo com secretaria, os militares foram acionados e o caso está sendo apurado. Até o momento nenhum adolescente foi localizado. Segundo a VIJ, qualquer pronunciamento do Tribunal de Justiça do Distrito Federal (TJDFT) será dado apenas na tarde desta quinta-feira (11/12).

O presidente do Sindicato dos Servidores do Sistema Socioeducativo (Sindsse), Cristiano Torres, explicou que na Unidade de Internação Provisória de São Sebastião, antigo Cesami, trabalham educadores sociais contratatos ao invés de servidores do sistema socieducativo efetivos. Segundo ele, os adolescentes simularam uma briga dentro do alojamento da VIJ, local em que aguardavam a audiência, e um educador social, sozinho, abriu a cela. ;Os adolescentes trancaram o funcionário contratado na cela e conseguiram fugir. O fato aconteceu por volta das 17h de quarta-feira;, esclareceu.

De acordo com a Secretaria da Criança, além do educador social, um agente de reintegração social também foi preso dentro da cela pelos adolescentes.



Segundo Torres, é necessário que haja um concurso público para servidores. ;Precisamos de gente capacitada para lidar com esse público. No concurso de agente socioeducativo o candidato precisa passar por seis fases e é um certame que exige nível superior. Mas, no caso do Cesami, o governo contratou educadores sociais para trabalhar por meio de análise de currículo;, disse.

Veja reportagem da TV Brasília:

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