Cidades

Sindicatos esperam novos secretários com força política e poder de diálogo

Áreas como Educação, Saúde e Cultura, que reivindicaram e protestaram nas últimas semanas por melhorias, mostram expectativas com relação aos secretários escolhidos

postado em 15/12/2014 17:49
Áreas como Educação, Saúde e Cultura, que reivindicaram e protestaram nas últimas semanas por melhorias, mostram expectativas com relação aos secretários escolhidos

Diante do anúncio do novo secretariado do GDF, feito pelo governador eleito Rodrigo Rollemberg na tarde desta segunda-feira (15/12), representantes sindicais e lideranças de protestos mostraram expectativas em áreas como educação, saúde e cultura, que reivindicaram melhorias nas últimas semanas. Para Cleber Soares, diretor de imprensa do Sindicato dos Professores no Distrito Federal (Sinpro-DF), a categoria espera que o novo secretário de educação Júlio Gregório tenha força política e amplie o diálogo com a categoria. "A escolha de uma pessoa da rede pública de ensino talvez signifique maior disposição para dialogar. Esperamos que o secretário nos convide para discussão de projetos pedagógicos, por exemplo", explica.

Segundo ele, no atual governo, junto à secretaria, a educação no DF avançou na estrutura de carreira e na contratação de aprovados em concursos públicos, mas não houve evolução na contratação de orientadores educacionais. "Também nunca tivemos tanto atraso nos salários de profissionais da educação e acertos de aposentadorias como no atual governo", revela. Ainda de acordo com Soares, o governo deve cumprir a reformulação no plano de carreira, administrar o número de alunos em sala de aula e melhorar as condições de infraestrutura nas escolas públicas.

[SAIBAMAIS] No último sábado, foi anunciado um rombo no caixa do GDF de R$ 3,8 bilhões, que criou um alerta sobre o risco de suspensão de serviços em determinadas áreas. Para Soares, o governo precisa decidir prioridades. "A educação só avança com projetos implementados. Esperamos não ter atraso nos salários. Se não forem pagos, continuaremos indo à luta", promete.



Na saúde, o secretário escolhido foi Ivan Castelli, que foi subsecretário de Atenção à Saúde na gestão de Agnelo. Para Marli Rodrigues, presidente do Sindicato dos Empregados em Estabelecimento de Saúde (SindSaúde), a escolha de Castelli foi vista com preocupação. "Temos que encarar para ver a intenção do governador eleito, que havia prometido mudanças. Sempre esperamos que a situação melhore, mas nem sempre isso acontece", lamenta. Sobre a crise financeira no DF, Marli acredita que ela pode ser resolvida. "Não tenho certeza se a crise é do tamanho dito, mas Brasília não pode parar. A categoria está doente, pois atende em más condições de trabalho, e a saúde não pode esperar", enfatiza.

Expectivas na Cultura

Jonathan Andrade, 32 anos, é um dos artistas do DF que se acorrentaram no gabinete da Secretaria de Planejamento, na semana passada, para cobrar o pagamento de recursos do Fundo de Apoio à Cultura (FAC). De acordo com ele, a nomeação do ator e diretor Guilherme Reis como secretário de Cultura foi encarada com otimismo pela classe. "Fiquei muito feliz, pois ele difunde a identidade cultural da cidade e é sempre bom ter como aliado alguém seja um agente de cultura", comemora.

Segundo Jonathan, a Secretaria de Cultura é vista pelos artistas como um espaço de difícil diálogo. "Trata-se de um sistema burocrático. Fiquei abalado pelo protesto, mas me reconheço lutando. Ainda quero ver muita arte no DF", diz.

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