Cidades

Paralisação dos servidores da saúde agrava condições dos prontos-socorros

Nos hospitais de Taguatinga e Ceilândia, faltam até remédios básicos

postado em 11/01/2015 07:40
A cuidadora Camila Cristina se chocou com o que viu no HRT:

A rotina de sofrimento da população que depende dos serviços públicos de saúde se complicou ainda mais ontem, após o início da greve de 104 categorias que atuam na área. As dificuldades devem continuar neste domingo, uma vez que a paralisação só será debatida novamente amanhã, na assembleia geral. De braços cruzados desde a sexta-feira passada, os trabalhadores cobram a quitação de benefícios atrasados desde o ano passado. Ontem, o Governo do Distrito Federal (GDF) disse que está se esforçando para normalizar a situação e voltou a pedir bom senso dos profissionais de saúde.

O Correio circulou por algumas unidades de atendimento que trabalham em regime de plantão nos fins de semana e verificou que a situação é preocupante. Ainda que a movimentação aos sábados e aos domingos seja bem menor do que em dias úteis, as pessoas que procuraram atendimento tiveram dificuldades em locais como o Hospital Regional de Taguatinga (HRT) e o Hospital Regional de Ceilândia (HRC). Em muitos casos, os problemas, que já eram sérios, se agravaram.

A vendedora Abadia Panuncio Pereira, 46 anos, de Padre Bernardo (GO) e a auxiliar de cozinha Leonísia Eduarda Gomes, 39, de Cristalina (GO) compartilham involuntariamente uma situação dramática. Há aproximadamente um mês, elas dividem um quarto no HRC para cuidar dos respectivos filhos ; ambos foram vítimas de acidentes de trânsito e precisam operar o fêmur. No entanto, não há cirurgião, anestesista, equipamentos nem remédios para realizar os procedimentos.

;Estamos dormindo em colchonetes no chão. No início do ano, tivemos até que limpar o quarto e o banheiro do hospital, porque as pessoas que fazem a limpeza estavam de greve. A situação se complica mais a cada dia;, reclama Abadia. Leonísia relata que ela mesma teve que arcar com remédios básicos para o tratamento do rapaz. ;Ele estava sendo tratado apenas com paracetamol, porque não tem antibiótico. Além disso, tive que comprar um aparelho para o tratamento, que custou R$ 170, porque o hospital só tinha quatro e estavam todos em uso;, protesta.

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