Cidades

Uso do Lago Paranoá para o lazer requer bom senso para evitar riscos

Por ser democrático, o espelho d'água precisa que os frequentadores tenham consciência de regras básicas de convivência e respeito ao próximo. Ainda mais em época de calor extremo, quando o local é muito usado por diversas tribos

postado em 25/01/2015 08:34
Amante da natação, o servidor público Edilson Rocha, 47 anos, morador de Sobradinho, frequenta o Lago Paranoá há mais de 20. Recentemente, começou a fazer aulas de remo. Ele é uma das milhares de pessoas que descobriram no espelho d;água uma fonte inesgotável de diversão. E uma ótima alternativa para a época de calor que o Distrito Federal passou. Desde que seja aproveitada de maneira consciente e respeitosa. ;Procuro nadar pela manhã quando ainda está vazio, saímos com pelo menos três pessoas ou um barco de apoio. Se escuto barulho ou música alta, logo paro;, conta.

Natação, pesca, navegação... são muitas as atividades possíveis no Lago Pranoá, que faz parte do dia a dia dos brasilienses

[SAIBAMAIS]Com esses cuidados, Edilson evita passar por situações de risco, mas não consegue impedir alguns abusos. ;Já cheguei à prainha do Lago Norte e vi um carro estacionado dentro do lago, sendo lavado pelo dono, que escutava música alta. É um espaço maravilhoso, mas mal aproveitado e explorado pelas pessoas;, lamenta.



Edilson tem razão. No lago, reúnem-se as tribos do stand up paddle (SUP), do caiaque, dos banhistas, dos velejadores. Tem espaço para todo mundo. Porém, um lugar tão democrático requer dos frequentadores bom senso para que um não atrapalhe a atividade do outro. O respeito a regras básicas também pode evitar acidentes. O DF tem quase 5 mil embarcações. Em um fim de semana, circulam pelo lago de 200 a 500, de acordo com o 7; Distrito Naval. Com tantas embarcações, é difícil não haver incidentes.

O economista Maurício Albuquerque, 54 anos, veleja desde os 18 e já se deparou com algumas situações complicadas durante a atividade, inclusive em competições. ;Eu estava navegando e encontrei um banhista que nadava fora da área dele, sem nenhuma identificação, como uma touca colorida. Outra vez, competia em uma regata e, de repente, uma lancha passou no meio da raia em alta velocidade. Chega perdi o rumo do barco;, conta.

Os pescadores Wellington Lopes de Andrade, 32 anos, e Renato da Silva Almeida, 31, moradores de Ceilândia, também enfrentam as consequências de uma convivência pouco harmoniosa. Eles evitam os fins de semana devido à quantidade de pessoas e embarcações na água. A situação que encontram na segunda-feira prejudica a atividade. ;A gente vê muito lixo por aqui. O pessoal passa o dia, toma banho, vai embora e o lixo fica. Já recolhemos garrafas, sacos plásticos, cacos de vidro e sapatos;, conta Renato.

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