Cidades

Série de reportagem do Correio mostra crise no abastecimento de água do DF

Com baixa oferta de água e alto consumo per capita, Brasília está no limite de viver uma crise de abastecimento. Série de reportagens que começa hoje faz uma radiografia da situação

Flávia Maia
postado em 22/02/2015 08:00
No sistema do Descoberto, a defasagem de àgua chega a 2 metros

A combinação de pouca oferta de água com uma das mais altas médias de consumo por habitante do Brasil coloca a região do Distrito Federal em situação de alerta em relação aos recursos hídricos. Um morador do Distrito Federal consome, em média, 190 litros de água diariamente ; 72,7% a mais do que o recomendado pela Organização Mundial da Saúde (OMS). Esse alto consumo preocupa porque a disponibilidade hídrica local é considerada uma das mais baixas do país: 1,7 milhão de litros por ano por habitante. Em Roraima, a maior oferta brasileira, são 1,7 bilhão de litros; em Goiás, estado vizinho do DF, 39,2 milhões de litros. Para mostrar como está a questão hídrica no Distrito Federal e Entorno, o Correio publica a partir de hoje uma série de reportagens.

Embora os moradores do Planalto Central não convivam com cenas como o solo quebradiço e seco em regiões de rios, a exemplo do Sistema Cantareira, em São Paulo, e a do sertão nordestino, a preocupação com o abastecimento e a preservação de mananciais devem estar cada dia mais presentes nas discussões da sociedade e do poder público. Se a média de consumo continuar crescendo em ritmo acelerado, o regime de chuvas continuar em queda e nenhuma gestão do recurso hídrico for realizada, a previsão é que em 2040 não haja mais água para a população local. Esse seria um dos piores cenários desenhados pela Agência Reguladora de Águas do DF (Adasa).



Das regiões administrativas, Brasília e Cruzeiro lideram o consumo diário por habitante, com 390 litros ; 200 a mais que a média local. Lago Sul e Jardim Botânico aparecem em seguida, com 384 litros diários por pessoa, e Lago Norte, com 280. Entre os locais de menor consumo, estão regiões como Paranoá e Itapoã, onde um morador gasta, em média, 96 litros de água. A alta renda per capita do DF, aliada ao longo período de seca pelo qual passa a população, seria um dos motivos para o grande consumo de água, segundo o presidente da Companhia de Saneamento Ambiental do DF (Caesb), Maurício Luduvice.

A matéria completa está disponível aqui, para assinantes. Para assinar, clique aqui.

Tags

Os comentários não representam a opinião do jornal e são de responsabilidade do autor. As mensagens estão sujeitas a moderação prévia antes da publicação