Cidades

Ativistas se mobilizam contra plano de manejo da Chapada dos Veadeiros

Caso o projeto em discussão há um ano seja aprovado, a mineração e o uso de agrotóxico estariam liberados

Paula Sarapu
postado em 01/03/2015 08:12
Marcelo Ottoni (E), Sicilia Candiota, Marcos Vinicius e Frederico Gall na Ermida Dom Bosco: abaixo-assinado e resistência em nome da natureza

Há quem diga que o Parque Nacional da Chapada dos Veadeiros é o quintal de Brasília. Para muitos, a paisagem do cerrado e as belas cachoeiras do local são um alento em meio ao estresse do dia a dia. No entanto, a reserva está em perigo. A elaboração de um plano de manejo para a Área de Proteção Ambiental (APA) do Pouso Alto ; que engloba seis municípios vizinhos à Chapada, entre eles, os destinos turísticos de Alto Paraíso, São João da Aliança e Cavalcante ; divide opiniões de ambientalistas e produtores rurais, além de chamar a atenção dos brasilienses, preocupados com a preservação da Chapada. Diante disso, um grupo de ativistas do DF se mobiliza para fazer um abaixo-assinado em protesto contra intervenções na região.



[SAIBAMAIS]A APA do Pouso Alto foi criada em 2001 e tem área de 872km;. Desde então, aguarda um plano de manejo, instrumento legal que normatiza o uso do solo e dos recursos naturais. Uma empresa contratada pela Secretaria das Cidades e Meio Ambiente de Goiás (Secima) elaborou uma proposta, em discussão há um ano pelo Conselho Consultivo da APA do Pouso Alto (Conapa). Segundo o projeto, a unidade de uso sustentável seria dividida em duas: a área do parque nacional, que apenas permitiria atividades de baixo impacto, e o terreno em volta, com normas mais flexíveis. Nesse segundo zoneamento, estariam liberadas a pulverização aérea com agrotóxicos, a construção de Pequenas Centrais Hidrelétricas (PCHs) e a mineração.

Alguns brasilienses frequentadores da reserva se uniram para lutar pela preservação do meio ambiente. No domingo passado, ativistas organizaram um evento no Jardim Botânico, o SOS Chapada dos Veadeiros, que contou com piquenique e palestras sobre o assunto, além da abertura de um abaixo-assinado contra o plano de manejo. Atualmente, o documento conta com cerca de 3 mil assinaturas. Um dos organizadores do movimento, o servidor público e ambientalista Marcelo Ottoni destaca a importância do debate. ;Tanto brasilienses como moradores dos municípios goianos envolvidos participaram do abaixo-assinado. Na quarta, seria realizada a votação do plano, mas ela foi adiada graças a uma manifestação no local;, comemora.

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