Cidades

Com crise financeira, vias-sacras da cidade terão apresentação simples

A regra para este ano é aproveitar o que sobrou da última encenação. O governo define hoje à tarde qual será o apoio disponibilizado

postado em 04/03/2015 06:40


Nada de tecidos, costureiras e aderecistas. A apenas 30 dias da sexta-feira da Paixão, as tradicionais vias-sacras que ocorrem em todo Distrito Federal estão enfrentando um calvário para ganhar as ruas. A falta de recursos do Governo do Distrito Federal deixou os organizadores e a comunidade desanimados para a celebração. Os galpões dos grupos estão vazios, contrariando a tradição. Os funcionários, como costureiros e aderecistas, foram dispensados. A regra é reaproveitar o que sobrou do ano passado. O GDF define hoje à tarde qual será o apoio dado aos festejos da semana santa.

O ritmo de trabalho seria intenso nesses dias que antecedem a semana santa. Os aderecistas estariam revisando os figurinos e as costureiras fazendo os últimos ajustes nas roupas. O diretor técnico, de olhos atentos, verificaria cada detalhe dos ensaios. Mas a apresentação será bem mais simples. ;É difícil a gente fazer uma encenação com qualidade sem o apoio do governo. O público perde em qualidade e a gente, em estrutura. Vamos utilizar tudo do ano passado;, afirma Fernando Alves de Jesus, coordenador da via-sacra de São Sebastião. O grupo já realizou um bazar e conta com apoio do comércio local para a realização de um almoço a fim de conseguir recursos. A via-sacra da cidade é a segunda maior do DF e reuniu 20 mil pessoas na última edição. Em 2014, foram gastos R$ 140 mil na festa.

Ontem, o vice-governador, Renato Santana, reuniu-se com o secretário de Turismo, Jaime Recena, e com representantes da Secretaria de Cultura e dos grupos de via-sacra. Hoje, o governo define qual o apoio que será dado às celebrações. A Secretaria de Cultura, por nota, disse que compreende as dificuldades da comunidade e que pretende cooperar com a realização das vias-sacras. ;Estamos em contato com a Câmara de Governança para definir que apoio será possível oferecer neste ano atípico.;


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