Cidades

Além do ano ter começado atrasado, DF tem déficit de 3,5 mil professores

Muitos alunos da rede pública ainda não tiveram aulas de português, matemática e outras disciplinas. Também há carência de livros e a estrutura de escolas é precária. Tribunal de Contas autoriza GDF a contratar docentes temporários

postado em 11/03/2015 06:06

Alunos de três escolas foram ontem até a Secretaria de Educação para reivindicar a contratação de professores

As aulas na rede pública de ensino do DF começaram há nove dias, mas parte dos 470 mil alunos matriculados não teve matérias essenciais, como português e matemática. Faltam ainda profissionais de sociologia, inglês, espanhol, física e artes. O deficit, de acordo com a Secretaria de Educação, é de 3,5 mil docentes. Depois de o ano letivo começar atrasado e uma greve adiar ainda mais o início, os estudantes sofrem com a escassez de profissionais. O problema se soma a cadeiras quebradas, falta de livros, merenda precária e infraestrutura deficiente. Há, ainda, 106 ônibus parados na garagem da TCB. Os veículos deveriam atender os alunos de escolas especiais e integrais, mas falta concluir o processo de contratação dos motoristas.

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Impedido de contratar até maio por estar no limite da Lei de Responsabilidade Fiscal, o Governo do Distrito Federal conseguiu autorização do Tribunal de Contas do DF, na última quinta-feira, para chamar os temporários a fim de suprir as carências diárias geradas por licenças e atestados. A cada hora, três professores da rede pública de ensino protocolam um atestado médico na Secretaria de Educação. Entre os 6,5 mil da lista de temporários, pouco mais de 2,5 mil foram convocados, mas o processo é moroso. ; Durante todo o ano, há uma rotina de substituição devido aos pedidos de licença. Mas, em um primeiro momento, a situação se agravou porque os professores deveriam ter começado a ser chamados no ano passado, o que não aconteceu;, explicou o secretário de Educação, Júlio Gregório.

Revoltados com a situação, cerca de 300 alunos secundaristas do Centro de Ensino Médio Asa Norte (Cean); do Setor Leste, na Asa Sul; e do Centro Educacional 5, de Taguatinga, mobilizaram-se na manhã de ontem. Eles saíram do Cean e caminharam até a Secretaria de Educação, no Setor Bancário Norte. Quatro representantes de cada instituição de ensino participaram de uma negociação com o chefe da pasta. O problema da falta de docentes para essas instituições foi parcialmente resolvido. No Setor Leste, por exemplo, a carência de seis professores caiu para três.

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