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Ex-delegado da Polícia Civil é preso com meio quilo de cocaína em Portugal

João Kleiber Ésper estava chegando no aeroporto de Lisboa quando foi preso. Esta não é a primeira vez que ele é detido em um aeroporto. Em 2012, ele foi expulso da corporação

Renato Alves, Breno Fortes
postado em 20/03/2015 19:11
Foto de João Kleiber Ésper quando era delegado chefe da Divisão de Repressão a Sequestro, em 2007

O ex-delegado da Polícia Civil do DF João Kleiber Ésper foi preso tentando entrar no Aeroporto de Lisboa, em Portugal, com meio quilo de cocaína. A prisão foi feita há uma semana pela Polícia Judiciária de Portugal. João Kleiber estava sozinho e vai ficar no país para responder pelo crime de tráfico internacional de drogas.

Esta não é a primeira vez que João Kleiber é preso. Em 2010, policiais civis e federais o detiveram no aeroporto JK quando ele chegava dos Estados Unidos. Dois anos depois, ele foi expulso da Polícia Civil. Atualmente, atuava como advogado e professor universitário.

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A reportagem tentou falar com a polícia portuguesa, mas não obteve resposta até o momento da publicação. Apesar disso, várias fontes policiais ouvidas pela reportagem confirmaram a prisão de João Kleiber.

Ficha corrida
Desde 2003, o ex-delegado passou a ser alvo de denúncias. Veja, abaixo, as principais.

Caso Renan Calheiros
Em 2006, lotado na 30; DP, em São Sebastião, João Kleiber Ésper tomou depoimento do advogado Bruno Miranda Ribeiro contra o ex-presidente do Senado, Renan Calheiros. Bruno acusava o ex-sogro, o empresário Luiz Carlos Garcia, de montar esquema de arrecadação de dinheiro para o senador nos ministérios do PMDB. O interrogatório ficou sete meses na gaveta do delegado.

Suposta propina
Ésper também é acusado de receber mais de R$ 70 mil de um estelionatário para livrá-lo de um processo, em 2003. Na época, ele estava lotado na 10; DP, no Lago Sul. De acordo com as denúncias, ele recebeu o dinheiro de Orlando Rodrigues da Cunha Filho, então presidente da Federação Hípica. Cunha foi preso em julho de 2005, acusado de participar de esquema de falsos empréstimos que lesou 300 pessoas em quatro capitais. Ésper acabou afastado preventivamente da Polícia Civil em abril de 2008.

Prisão
O ex-delegado também ficou 16 dias preso em março de 2009 por denúncias de ameaças à ex-corregedora da polícia NéliaVieira. Estava revoltado porque havia sido condenado a quatro anos e oito meses por conta de crimes cometidos na 30; DP.

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