Cidades

Novo presidente do BRB comemora o crescimento do crédito e do patrimônio

Instituição projeta investimentos cautelosos em 2015 e promete melhoria nos serviços e produtos disponíveis no home banking

postado em 28/03/2015 09:34
O BRB divulgou ontem o balanço do exercício de 2014 com crescimento no valor patrimonial do banco nos últimos quatro anos ; fechou 2014 em R$ 32,1 bilhões. A carteira de crédito, bem precioso de instituições financeiras, continua evoluindo em todos os segmentos, com destaque para o crédito imobiliário (%2b31,6%), o agronegócio (%2b15,1%) e a pessoa física (%2b11,8%). Em contrapartida, o banco apresentou queda de 24,08% no lucro líquido ; em 2014, o resultado foi de R$ 128,3 milhões e, em 2013, R$ 169 milhões. Em entrevista ao Correio, o presidente do BRB, Vasco Gonçalves, que assumiu o cargo no início deste ano, comenta os números do balanço, afirma que o BRB, assim como todo o sistema financeiro, sentiu a alta da taxa Selic, e que em 2015 os investimentos deverão ser cautelosos por conta da situação financeira vivida pelo país. Vasco acredita que o BRB vai recuperar a credibilidade e subir a nota com as agências de investimentos e descartou intenção de venda de ativos. O presidente prometeu ainda melhoria nos serviços e nos produtos para os clientes, em especial em relação à tecnologia.

Instituição projeta investimentos cautelosos em 2015 e promete melhoria nos serviços e produtos disponíveis no home banking

A nova diretoria assumiu o BRB em 2015. Dessa forma, este balanço refere-se à gestão passada. Como o balanço vai ajudar os senhores a tomar decisões futuras?
O balanço tem vários aspectos positivos. Um deles é que estamos crescendo. As carteiras de crédito estão em crescimento, tanto em crédito comercial quanto industrial, rural, imobiliário. As captações do banco estão crescentes, então, são vários os aspectos positivos. O índice de Basileia, que é um referencial de mercado, também está em um nível bastante confortável.

Por que é importante considerar o índice de Basileia?
O índice de Basileia se resume em quanto o banco pode se alavancar. Essa é uma referência no mercado. A exigência hoje de índice de Basileia é 11%, o BRB fechou o seu balanço em 15,27%, ou seja, com folga para continuar fazendo as operações de crédito.

O balanço de 2014 mostrou que o BRB teve diminuição do lucro líquido em 24,08% ; em 2013 foi de R$ 169 milhões e em 2014, R$ 128,3 milhões. O que levou a esse resultado?
Nós tivemos um maior resultado na receita de intermediação financeira, no entanto, as despesas também foram maiores, o que se traduz em um resultado líquido menor. Além disso, o BRB, assim como outros da indústria bancária, sentiram com o aumento na inadimplência. Não é significativo em termos do banco, mas a gente tem que dar atenção. Isso ocorreu em todos os bancos. O custo de captação também subiu. O que isso significa? O sistema bancário tem uma característica de captar e fazer empréstimo com juro pré-fixado, dessa forma, quando a taxa Selic sobe, os contratos antigos ficam com os juros mais baixos, firmados antes.



As despesas também pesaram?
Nós tivemos outras provisões também. De alguns processos internos, que a contabilidade verificou que precisavam de ajustes operacionais. São efeitos não recorrentes, ou seja, eles estão neste balanço e, não necessariamente, eles estarão no balanço seguinte.

São ajustes, gastos que a instituição não previa e o banco precisou cobrir?
Isso. Por exemplo, tarifas não recebidas há mais de 180 dias foram cobradas, mas não foram recebidas, aí você teve que provisionar. Uma ação específica, cível ou trabalhista, que ocorreu e, naquele momento, você tem que separar o recurso contábil em caso de perda judicial. Algumas fraudes que ocorreram no decorrer do tempo também são não-recorrentes.

A que os senhores atribuem o crescimento na carteira de crédito?
Nós temos bastante capilaridade no DF e conseguimos atingir diversos públicos. O banco implementou, nos últimos tempos, o crescimento na área do agronegócio. Isso vem se consolidando e trouxe crescimento. A área imobiliária cresceu também, assim como na pessoa jurídica. Então, com essa capilaridade e esses produtos, o banco tem conseguido crescer. O BRB vem mostrando para as empresas que o banco tem capacidade de atender as necessidades das empresas com produtos e serviços bancários. Veja: o crédito à pessoa física cresceu 14,4%; pessoa jurídica, 10,4%. Índices superiores ao mercado, que teve crescimento no crédito à pessoa física em 13% e à jurídica, em 9,8%. Nós estamos ligeiramente acima do mercado, isso por causa das taxas bastante competitivas e sempre respeitando o nosso cliente.

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