Ao chegar a Brasília, há uma década, a carioca Alice Ribeiro Mello, 27 anos, via com desconfiança a história de que o motorista da capital respeitava a prioridade do pedestre na faixa. Por isso mesmo, ficava de frente para as listras brancas e só botava o pé no asfalto depois que todos os carros paravam. Os anos se passaram e Alice se acostumou com a civilidade do motorista brasiliense. A pé ou atrás do volante, seguiu o exemplo e se orgulhou também.
Há cinco meses, ela descobriu, do pior jeito, que não bastava somente estar atenta. Quando seguia para a casa de uma amiga, na Asa Norte, parou na faixa para que uma mulher com uma criança de colo atravessasse a via. A condutora que vinha atrás bateu na traseira do carro dela. ;Fui jogada para a frente, em cima da mulher com a criança. Entrei em desespero. Só pensava ;onde está o bebê;. Graças a Deus o bebê não se feriu e senhora teve um ferimento leve no pé;, relembra.
Na opinião de Alice, a pressa dos condutores e as distrações ao volante têm contribuído para o desrespeito recorrente da faixa. ;A pessoa acha que um segundo parado vai fazer diferença na sua rotina. E nem sempre dirige com a atenção necessária. Às vezes, nem precisa do telefone para se distrair, porque começa a dirigir de forma automática. Infelizmente, as boas práticas de respeito ao pedestre estão caindo em desuso.;
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