Cidades

Pilotos de ultraleve fazem do hobby um trabalho de fiscalização em Brasília

Com uma visão privilegiada da capital, eles costumam denunciar invasões de terra, danos ambientais e focos de incêndio

Isa Stacciarini
postado em 25/04/2015 08:06 / atualizado em 19/10/2020 12:06

 

Em meio a pousos e decolagens, Brasília é acolhida entre as asas das aeronaves que levantam voos todos os dias na Associação dos Pilotos de Ultraleve de Brasília (Apub). Da janela dos monomotores, pilotos contemplam os traços da cidade a 10 mil pés de altura. Mas, do alto, não é apenas a diversão que prevalece. O grupo de aviadores da entidade vai além do prazer em sobrevoar a capital: eles ajudam no monitoramento de incêndios e novas invasões de áreas públicas do Distrito Federal. De pilotos, passam a ser guardiões. Fiscalizam, sem nenhuma obrigação, as anormalidades no centro do poder.

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Ao todo, cerca de 200 amantes da aviação ligados à entidade ajudam a manter Brasília em ordem. Cada piloto, quando identifica uma irregularidade, aciona imediatamente órgãos do governo responsáveis pela área. A comunicação é feita por uma frequência de rádio ou em grupos compartilhados em redes sociais. São repassadas informações a respeito da localização da ocorrência, como latitude, posição da área e proximidade do local com regiões administrativas. A observação do alto é considerada privilegiada, uma vez que, por terra, a identificação nem sempre é possível. Com a atuação, aeroviários já ajudaram no combate a incêndio, na coibição de grilagem e de agressões ao meio ambiente.

O empresário e piloto há cerca de 15 anos Edimar Araújo Filho, 58, contou que há aproximadamente três anos existe a integração do grupo da Apub com as forças de segurança pública. Além de fiscalizar irregularidades no céu, a estrutura do aeroclube é ofertada às corporações do DF. Durante a Copa do Mundo, em junho do ano passado, o aeródromo foi usado como base de apoio da Polícia Militar do DF. “Antes de começar a integração, nós víamos agressões ao meio ambiente, construções em áreas de proteção ambiental, invasões, incêndios e não sabíamos o que fazer. Foi quando unimos o lazer a um objetivo social com custo zero para o Estado”, destacou.

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