Cidades

Chefe da Casa Civil rebate críticas sobre ameaças ao tombamento

Doyle concedeu entrevista ao Correio para defender os projetos do governo e os principais pontos que dizem respeito à preservação de Brasília

postado em 02/05/2015 09:55
A preservação da cidade é um compromisso do governo de Rodrigo Rollemberg. A afirmação é do secretário-chefe da Casa Civil, Hélio Doyle. O governo prometeu retirar os tapumes que cercam a área onde seria erguido o Memorial Liberdade e Democracia Presidente João Goulart. Também pretende reenviar o Plano de Preservação do Conjunto Urbanístico de Brasília (PPCub) à Câmara Legislativa totalmente revisto, no início do ano que vem, além de derrubar muros e cercas na orla do Lago Paranoá. Após declarações do arquiteto Carlos Magalhães sobre as ameaças à cidade, Doyle concedeu entrevista ao Correio para defender os projetos do governo e os principais pontos que dizem respeito à preservação de Brasília.



Os tapumes colocados no terreno onde seria erguido o Memorial João Goulart serão retirados?
Sim. O Instituto João Goulart pediu um prazo de 10 dias e, é claro, se não retirarem, nós vamos fazer isso e mandar a conta para eles. O processo está sendo reavaliado pela Procuradoria-Geral do DF. É uma coisa antiga. Estamos analisando porque a orientação do Ministério Público do DF é de que o contrato não tem mais validade. O Instituto teria perdido o prazo para construir o memorial. Mas não queremos cometer nenhuma injustiça.



O governador se reuniu como o presidente do PDT, Carlos Lupi, e o filho do ex-presidente João Goulart, João Vicente Goulart, também filiado ao partido. A influência política pode pesar na decisão de cancelar ou não o convênio para a construção do memorial?
Não queremos fazer isso sob a ótica política. Não vamos avaliar o que Jango fez ou não por Brasília, se merecia ou não. Nossa análise será da perspectiva urbanística e do direito. O arquiteto Carlos Magalhães sabe que não é uma decisão desse governo. Fomos surpreendidos quando assumimos.

O governo vai desocupar a orla do Lago Paranoá?
Há uma decisão conjunta do Governo do DF e do MPDFT para retirar, em dois anos, as construções. Começamos a trabalhar e determinamos a data de início para até 15 de maio. A operação está planejada, mas uma associação ; dos Amigos do Lago Paranoá ; ganhou uma liminar. O Ministério Público tentou cassá-la, mas não conseguiu. A Procuradoria-Geral do DF recorreu e foi chamada a apresentar suas razões. Então, a decisão do governo e do MP, firmada em acordo conjunto, é de fazer a retirada. O Carlos Magalhães sabe também disso. Não tem sentido dizer que o governo é frouxo. Essa é uma segunda injustiça que ele comete contra o governo.

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