Cidades

Amigos organizam disputa em homenagem a Renata Rangel, vítima de AVC

Ela se recupera de um AVC sofrido em fevereiro. Uma das atividades preferidas da educadora física é correr

postado em 05/05/2015 06:05

Amigos e parentes participarão da Corrida do Milagre, que será disputada no Taguapark

Renata Rangel tem uma rotina de superação. Aos 33 anos, a educadora física e professora sofreu um acidente vascular cerebral e a principal suspeita é de que o uso de um anticoncepcional tenha levado à formação de um coágulo no cerebelo. Atleta, ativa, saudável e sem apresentar os motivos clássicos que se costuma associar ao AVC, ela está internada na Unidade de Terapia Intensiva de um hospital particular desde fevereiro. Ainda assim, a cada dia, Renata avança na readaptação, em detalhes que parecem mínimos, mas refletem a imensa força de vontade para retomar a vida. Por isso, gestos sutis, como mexer um dedo ou realizar um exame preventivo, serão celebrados pela Corrida do Milagre, neste sábado, no Taguapark.

A ideia surgiu por meio das redes sociais e tornou-se realidade em apenas 20 dias. Isso porque, assim que amigos, familiares e colegas de trabalho souberam do AVC que Renata sofrera, formaram um grupo de oração no WhatsApp. ;A cada melhora dela, alguém brincava que participaria das corridas com ela. Foi então que os amigos do grupo de corrida sugeriram fazermos um evento para alertar para a necessidade de se ter mais informação sobre o uso de anticoncepcionais;, explica a cunhada da homenageada, Nefertiti Gomes Bobrov, 40 anos. De acordo com Nefertiti, a importância de se informar mais para saber dos riscos de acidentes vasculares associados aos métodos hormonais é o ponto mais destacado por Renata. ;Ela insiste que é preciso fazer o exame para identificar a tendência à formação de coágulos e, por isso, faremos a corrida, atividade de que ela gosta muito;, diz a contadora.

A educadora física é casada há 15 anos com Rodrigo Bobrov Lopes, 38, com quem tem dois filhos. Um dia antes de dar entrada no pronto-socorro do hospital, Renata sentiu dores intensas nos braços e foi medicada com um analgésico. Na manhã seguinte, os sintomas se agravaram e ela foi submetida a duas tomografias. Somente após 24 horas e uma ressonância, descobriu-se o acidente vascular isquêmico, quando não há derramamento de sangue nos tecidos. Desde então, Renata tem vencido os maus prognósticos. ;Disseram que ela morreria, que ela ficaria em estado vegetativo, que ela viveria entubada. E ela foi superando cada etapa;, conta Nefertiti.

De tanto surpreender com os detalhes, a melhora se tornou uma rotina carinhosamente ansiada. ;Eu tenho uma brincadeira com ela. Digo ;hoje eu tô aqui, quero saber a novidade de hoje;;, afirma o marido, Rodrigo. Por ter conhecimento na área ; Renata havia se dedicado, nos meses anteriores ao AVC, ao estudo da reabilitação de pacientes vítimas do acidente ;, ela aplica a si os exercícios para retomada dos movimentos. ;Tudo o que ela conquistou até agora é porque fica treinando enquanto está internada. Ela não teve nenhum dano na parte cognitiva;, conta Rodrigo. Segundo ele, para avançar ainda mais na recuperação, Renata precisa do recurso de home care, ainda não concedido pelo plano de saúde.

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