Cidades

Auditoria indica que Torre de TV Digital apresenta problemas estruturais

Fechado ao público há quase dois anos, o monumento tem falhas graves que podem colocar visitantes em risco

Isa Stacciarini
postado em 24/05/2015 08:03
Fechado ao público há quase dois anos, o monumento tem falhas graves que podem colocar visitantes em risco
Custeada com dinheiro público, fechada há quase dois anos e com indícios de superfaturamento, a Torre de TV Digital, última obra edificada de Oscar Niemeyer, é alvo de investigação. O Tribunal de Contas do DF (TCDF) levantou irregularidades que podem colocar em risco a vida de visitantes e funcionários, em caso de reabertura. A obra começou com previsão de orçamento de R$ 64 milhões e chegou ao preço final de R$ 76,2 milhões. A lista de problemas é extensa e inclui falta de sinalização adequada em sala com risco de morte, inundação na casa de bombas do sistema de hidrantes, sistema de alarme de incêndio desligado por falta de sensores, que foram furtados, vidros rachados nas cúpulas, trincas em paredes do subsolo e rachaduras no piso da laje da cobertura, onde está apoiada e instalada a torre metálica de transmissão de sinais digitais. Essas são só algumas das falhas encontradas pelo Núcleo de Fiscalização de Obras e Serviços de Engenharia do TCDF durante inspeção, realizada no ano passado.

Fechado ao público há quase dois anos, o monumento tem falhas graves que podem colocar visitantes em risco

O relatório gerado pelos servidores da área, ao qual o Correio teve acesso com exclusividade, ainda aponta falhas no projeto e na execução da obra. Os elevadores têm capacidade apenas para seis pessoas e, na cúpula idealizada para abrigar um bar, só uma pequena pia foi instalada na área, o que dificulta a abertura de grandes estabelecimentos. Para piorar, a Torre de TV Digital, inaugurada em 21 de abril de 2012, ainda não pertence integralmente ao Governo do Distrito Federal (GDF). O Executivo local tem apenas o recebimento provisório da obra desde 31 de maio de 2012.



Durante a análise, técnicos concluíram que não houve previsão de captação e drenagem de águas pluviais no projeto. Em razão da falha, a situação se agrava em épocas de chuva, quando o volume de água não escoa de forma adequada. O resultado são manchas de infiltração aparentes em ambientes internos e externos, constantes do relatório, além de alagamentos. O perigo aumenta com fiações elétricas expostas e vazamento no sistema de descarga a vácuo. Em razão do escoamento de água para tubulações, servidores do TCDF encontraram dano ao funcionamento dos sistemas de esgotamento sanitário a vácuo e de ar condicionado.

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