Cidades

Pedestres e bicicletas terão passagem subterrânea em viaduto do Sudoeste

Secretário de Infraestrutura e Serviços Públicos do DF afirma que viaduto do Sudoeste foi pensado para aliviar trânsito de carros; Júlio César Peres diz que faixas extensas para ciclistas não são viáveis como transporte público

Luiz Calcagno
postado em 31/07/2015 06:06

Secretário de Infraestrutura e Serviços Públicos do DF afirma que viaduto do Sudoeste foi pensado para aliviar trânsito de carros; Júlio César Peres diz que faixas extensas para ciclistas não são viáveis como transporte público

Para o secretário de Infraestrutura e Serviços Públicos do Distrito Federal, Júlio César Peres, o viaduto entre as entradas do Sudoeste e do Parque da Cidade não necessita de uma ciclovia. O projeto foi criticado por especialistas e adeptos da bicicleta por não contemplar o meio de transporte. Em entrevista ao Correio, Peres afirma que as faixas exclusivas que margeiam o bairro atenderão o trajeto. Além disso, segundo ele, o desenho da intervenção inclui quatro passagens subterrâneas que darão acesso a pedestres e ciclistas a paradas de ônibus e à área de lazer. O projeto integra o Corredor Oeste, que ligará Samambaia e Sol Nascente ao Eixo Monumental por via contínua. Júlio César se comprometeu a estudar a possibilidade de uma faixa exclusiva na via. Mas, para ele, o mais importante agora é o viaduto. ;É um projeto generoso;, garante.

O projeto não inclui uma ciclovia ou ciclofaixa que percorra o Corredor Oeste. Quem vem de Taguatinga de bicicleta terá que pegar a via de velocidade. Como resolver esse problema?

Não podemos pensar em uma obra em que o ciclista não vá dar uma volta maior por uma ciclovia que já existe (no caso, a do Sudoeste). O viaduto não contempla a ciclovia, pois já há as passarelas laterais.

Ciclistas e especialistas riticaram a falta de integração. Nesse trabalho em específico, ciclista também vai passar entre os carros.

Eu me proponho a fazer uma contagem. Se ficarmos um dia inteiro em uma dessas ciclovias contando quantos ciclistas vêm do Guará ou de Taguatinga, por exemplo, não vai dar 5% daqueles que usarão as passagens subterrâneas para o Parque da Cidade. A ciclovia não é feita para grandes distâncias. É feita para a pessoa deixar o carro em um local e ir para o Buriti de bicicleta, por exemplo. Senão, o ciclista demoraria duas horas para chegar ao serviço. Quem vai usar a ciclovia hoje é para ir ao Parque da Cidade. A obra não contempla a bicicleta porque não era para contemplar. Desse jeito, fica parecendo que foi mal projetada, que não teve uma atenção global. Fica parecendo incompetência, mas as ciclovias estão contempladas para o principal ponto, que é o parque.

As vias de velocidade no DF concentram o maior número de mortes de ciclistas, por isso, eles pedem ciclovias. Essa obra do viaduto contemplaria uma ciclofaixa?
Não vou dizer que sim, pois precisamos de falar com o projetista, de estudar. E faremos isso. Mas temos que lembrar o cuidado por parte do ciclista.

A ciclovia seria importante para a segurança de quem vem de longe. Essas pessoas vão reclamar que governo continua não riorizando as bicicletas.
Se o governo não pensasse nos ciclistas, não faria ciclovia nenhuma. Temos que pensar no todo. Mas primeiro temos que pensar regionalmente. Considerando o Sudoeste, a Asa Sul, o Cruzeiro e a Octogonal e o Parque da Cidade, por exemplo, as pessoas poderão ir para a escola sem pegar um veículo. Os ciclistas, os pedestres e os motoristas estão contemplados. Essa intervenção beneficia carros e ônibus. São milhares de pessoas contrapondo um número menor. Não temos dinheiro para fazer tudo. Temos muitas ciclovias importantes projetadas que não executaremos por enquanto. É importante quem pedala os 40km. Eles serão atendidos dentro de uma escala de tempo e de ajuste financeiro.

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