Cidades

Brasilienses produzem documentário e organizam feira para arrecadar fundos

Diretora comemora o sucesso do projeto na internet e ressalta a importância de iniciativas que festejem o amor

postado em 27/08/2015 19:55

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;O mais legal é que o filme deixou de ser uma coisa feita por poucas pessoas e virou um trabalho em rede;, conta Daniella Cronemberger, diretora do documentário Em Defesa da Família. O curta, que acompanha a rotina de uma família de duas mães e três filhos, conta com o financiamento coletivo na internet para arrecadar o necessário para a produção. No próximo sábado (29/8), a produção do filme venderá produtos doados por artistas e empresários para conseguir os R$ 3 mil que faltam para atingir a meta de arrecadação. O evento no Facebook já tem mais de mil confirmados.


Marília e Vanessa formam uma família há 13 anos com Matheus, Felipe e Samuel. ;Elas foram super corajosas, acharam que é o momento de desmontar o discurso preconceituoso;, diz Daniella. ;Vivemos uma época de muita intolerância e discurso de ódio; qualquer iniciativa que venha em contraposição a isso, festejando o amor, é muito importante;, completa. O teaser do documentário tem mais de 7 mil visualizações no YouTube.


A filmagem do documentário está prevista para acabar no final de setembro. A produção só foi possível graças ao trabalho de voluntários que acreditaram na ideia de Daniella. A Olhos de Gato Filmes, uma produtora candanga, contribuiu com equipamentos e a ilha de edição. Getsemane Silva, co-diretor do documentário, também trabalha voluntariamente. Durante a arrecadação de verbas pela internet, empresas e artistas doaram os prêmios de recompensa para os financiadores.


O nome do filme é referência a uma das principais bandeiras levantadas por parlamentares conservadores. Durante o documentário, discursos contra a união homoafetiva proferidos no Senado são intercalados com a rotina da família. ;Pegamos o bordão pra dizer algo que parece tão obvio, mas é tão difícil de alguns entenderem: família é onde tem amor;, conta Daniella.


A parte mais difícil do projeto, para a diretora, é assistir a ;horas e horas; os discursos, com ;frases pesadas e pensamentos negativos que fazem mal de ouvir;. Contudo, o foco do filme é o cotidiano de Marília, Vanessa e os filhos: ;Eles representam a rotina de milhares de famílias homoafetivas que só querem direitos iguais, como qualquer outra família;.

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