Cidades

Sem certezas sobre reajustes, servidores ameaçam greve na semana que vem

Buriti não promete nem o pagamento de retroativos

postado em 02/10/2015 06:53
Apesar de o governo garantir aos servidores públicos que pagará os salários em dia até o fim do ano, a relação entre os sindicatos e o Executivo local segue ruim. O resultado do encontro do governador Rodrigo Rollemberg (PSB) com entidades dos trabalhadores, ontem, não foi nada animador para o Palácio do Buriti. A proposta de começar a pagar os reajustes a 32 categorias a partir de maio de 2016 ; inicialmente, eles deveriam passar a valer em setembro deste ano ; revoltou sindicalistas, que ameaçam declarar greve geral a partir de 7 de outubro, caso o governo mantenha a posição.

A manifestação dos servidores realizada na semana passada tinha como principal motivo a suspensão do pagamento dos aumentos negociados

Não bastasse ter desagradado aos trabalhadores, o socialista afirmou que não pode garantir a viabilidade da proposta. ;Aprovando todas as medidas que nós temos na Câmara Legislativa, conseguiremos implementar o aumento a partir de 1; de maio de 2016;, diz. Além de rejeitar a ideia, representantes das categorias recriminam a tentativa do governo de jogar a responsabilidade para o parlamento e não conseguir encontrar uma solução.

[SAIBAMAIS]Uma das categorias atingidas pela suspensão dos acréscimos salariais é a dos professores. Se não avançar as negociações, é provável que as escolas da rede pública de ensino fiquem vazias a partir da semana que vem. ;Propor a data de maio do ano que vem é quase decretar greve geral. Ninguém está se dando por vencido e acreditamos que o pagamento ocorrerá no quinto dia útil de outubro;, avisa a diretora do Sindicato dos Professores Rosilene Corrêa. E ela faz mais cobranças: ;Outra situação é a do reajuste do auxílio-alimentação. Não tem como ignorá-lo;.



As entidades sindicais deram uma sinalização importante ontem para Rollemberg. Eles informaram que aceitam o atraso no pagamento dos reajustes, desde que sejam pagos de forma retroativa. Representaria um gasto significativo para o GDF, mas pode ser uma saída, pois o governo não enfrentaria greve neste ano e teria um prazo para ir atrás de recursos e honrar o compromisso mais tarde. O governo evitou se posicionar a esse respeito. ;Essa é outra discussão e não tem nada fechado relativo a isso;, discursa o secretário de Relações Institucionais e Sociais, Marcos Dantas.

A aprovação do projeto de lei que permite ao governo usar recursos do Instituto de Previdência (Iprev) para quitar folha de pessoal atrapalha a argumentação do governo para convencer os sindicatos da penúria vivida pelo GDF. Para o presidente do Sindicato dos Servidores (Sindser), André Conceição, a greve geral é quase que inevitável. ;Toda a mobilização da última quinta-feira foi em razão do calote nos reajustes. Aí o governo fez uma manobra, conseguiu dinheiro, mas segue afirmando que não é possível dar os aumentos;, ressalta.

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