Cidades

Brasileiro de Pole Dance é marcado pela amizade e pela diversidade

60 mulheres de todo o Brasil participaram da II edição do Campeonato Brasileiro de Pole Dance, que aconteceu durante o Brasília Capital Fitness

postado em 03/10/2015 19:26
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Em meio aos braços inchados, às tatuagens tribais e às altas doses de testosterona presentes na 20; edição do Brasília Capital Fitness, evento que começou na última quinta e vai até este domingo (4/10) no Centro de Convenções, havia também leveza, graça e sensualidade. Quer dizer, sensualidade não. Fitness e bem-estar. ;O pole dance pode ser sensual sim, mas queremos promover a prática como esporte e pela qualidade do exercício e o bem que isso faz para o corpo;, corrigiu a produtora Maria Carneiro da Cunha, 35 anos, praticante da modalidade há três anos e uma das participantes do II Campeonato Brasileiro de Pole Dance.

A produta Maria Carneiro prefere focar no aspecto saudável do Pole Dance do que na sensualidade

Além de Maria, outras 59 mulheres de norte a sul do Brasil se inscreveram para exibir coreografia, elasticidade e desenvoltura na competição, que dividiu as participantes entre principiantes, amadoras e profissionais e deu prêmios em dinheiro e kits fitness para as vencedoras de cada categoria. O 1; lugar da categoria profissional também terá a chance de participar do Mundial de Pole Fitness, que acontece no Rio de Janeiro durante o Arnold Classic. ;Como todo esporte brasileiro, divulgamos e mantemos o pole dance na cara e na coragem. Sobrevivemos sem patrocinador, apenas com o dinheiro das taxas de inscrição dos campeonatos e com a ajuda dos voluntários fundadores da Federação Brasileira de Pole Dance;, explicou Vanessa Costa, presidente há dois anos da Federação e praticante há 10 anos do Pole Dance.

Vanessa Costa, presidente há dois anos da Federação Brasileira de Pole Dance

Além de ter sido uma das participantes mais solícitas, Carol Cotrim caprichou no visual e na apresentaçãoApesar do evento se tratar de uma competição com direito a prêmios, o clima de camaradagem e amizade entre as participantes era visível. A educadora física Carol Cotrim, 38 anos, uma veterana da modalidade, era uma das mais solícitas com as companheiras de competição, sempre pronta para parabenizar as colegas que haviam acabado de sair do palco ou oferecer água para as mais exaustas devido ao calor.

O trio de amigas Laura Wolff, Ana Beatriz Fernandes e Mônica Loppi, que vieram do Rio de Janeiro somente para participar do evento, foi outro exemplo de solidariedade. As três, que participaram do campeonato na categoria principiante na sexta-feira (2/19), e são alunas da academia Copacabana Pole Dance, foram as primeiras a amparar a professora, que saiu desolada do palco após o que ela julgou ter sido uma péssima performance.

As amigas Ana Beatriz Fernandes, Mônica Loppi e Laura Wolff vieram do Rio de Janeiro para participar do evento

;Todas são muito dedicadas e perfeccionistas. Por isso, quando as coisas não saem da maneira como elas treinaram tanto, elas se sentem tão mal. O que ameniza o nervosismo é o clima bom entre elas, de amizade e apoio, que favorece na integração ao esporte;, observou Sandra Benini, madrasta de uma das participantes da competição que também se sentiu desolada com sua apresentação.

Público

Embora entre as participantes o clima tenha sido de apoio e companheirismo, o público teve um olhar um pouco mais crítico com o que acontecia no palco. ;Dá pra ver que algumas meninas desenvolvem a coreografia melhor que outras, que poderiam ter competido em uma categoria mais baixa. Na produção também, algumas meninas não acertaram na maquiagem;, criticou a técnica em enfermagem Edivânia Duarte.

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Isabela Fernandes pratica Pole Dance há quatro meses, mas só esteve presente no evento para admirar o desempenho das colegasAs críticas de Edivânia não encontraram coro na visão de Isabela Fernandes, 27 anos, bibliotecária. Para ela, que também pratica pole dance, mas ainda se considera muito inexperiente para competir, o evento foi impecável. ;As meninas estão lindas, está tudo muito caprichado. É legal ver o que praticamos na aula, movimentos que são tão difíceis, e que o pessoal aqui consegue fazer sem dificuldade, aparentemente. Eu só estou praticando há quatro meses, ainda vai demorar muito para chegar no nível delas;, afirmou.

Sem preconceito

David Pires, atleta masculino de Pole Dance

O II Campeonato Brasileiro de Pole Dance foi dedicado apenas às mulheres, mas se engana quem pensa que a modalidade tem algum tipo de preconceito com o sexo masculino. "O preconceito vem da sociedade. Eu pratico o Pole Dance há dois anos e quando digo isso para alguma pessoa desconhecida percebo um olhar de estranhamento ou uma risada irônica", admitiu o professor de Educação Física David Pires, 22 anos, que acredita que o baixo número de homens nas aulas de Pole Dance se deve justamente ao julgamento das pessoas.

Confira vídeos das apresentações:

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