Bruna relatou ainda que houve resistência de algumas famílias, mas que todas estão recebendo auxílio do GDF. ;O tratamento que o governo tem adotado tentar, de todas as formas, evitar o confronto;, falou. Segundo a presidente da Agefis, pelo menos 15 órgãos participam da operação para que tudo seja cumprido dentro da lei. A área abrigará 900 casas do programa Pró Moradia, todas com moradores cadastrados e contratos já assinados.
A PM disparou balas de borracha e usou de bombas de gás para conter os moradores revoltados. Segundo a Assessoria de Imprensa da corporação, alguns moradores foram detidos. Entre eles, há três adolescente e um homem. Os primeiros encaminhados para a Delegacia da Criança e do Adolescente (DCA) 2, em Ceilândia, e o último para 23; Delegacia de Polícia (P. Sul).
Uma família resistiu à desocupação. Eles ficaram em cima do telhado da casa por, pelo menos, quatro horas, com uma criança de colo. Os militares tentam negociar, mas eles se negam a sair do local. A estimativa inicial da Agência de Fiscalização do Distrito Federal (Agefis), que realiza a operação, era de que as derrubadas terminassem nesta sexta-feira (27/11), o que não ocorreu. A área invadida é destinada a equipamentos públicos.
[SAIBAMAIS]Informações repassadas ao Correio na última terça-feira (24/11), quando a operação teve início, davam conta de que o local receberá o programa ;Pró-Moradia; do GDF, para construção de mais de 2 mil unidades habitacionais, parte integrante do planejamento de infraestrutura para região. Não houve conflito nos dias anteriores.
Segundo informações da Agefis, as casas foram construídas no local a partir de julho de 2014. A maioria, em dezembro do ano passado. Segundo informações do GDF, as famílias retiradas do espaço recebem assistência para mudança e instalação em abrigos públicos. Dependendo da situação, algumas podem ser enquadradas em programas do governo. No entanto, alguns moradores reclamam de que não foram notificados e que os órgãos do governo não têm dado assistência.