Cidades

Moradores estudam ir à Justiça contra construções em Pirenópolis

O Condomínio Estrada Parque dos Pireneus terá 150 apartamentos e potencial de 7,8 mil compradores. Pertence ao empresário Flávio Tadeu Câmara e fica no entorno do centro histórico

Otávio Augusto
postado em 04/12/2015 07:04
A expansão da hotelaria em Pirenópolis, a 140km de Brasília, continua a causar polêmica no município goiano e pode parar na Justiça. Pelo menos 2,2 mil pessoas assinaram a petição contrária à construção de dois condomínios destinados à moradia e ao turismo. O próximo passo do grupo Piri Sem Time Share, que organiza as mobilizações, é recorrer ao Ministério Público a fim de impedir as obras. Juntos, os dois empreendimentos terão 262 apartamentos.

Croqui de um dos empreendimento, o Condomínio Estrada Parque dos Pireneus: 150 apartamentos e potencial de 7,8 mil compradores

[SAIBAMAIS]O Condomínio Estrada Parque dos Pireneus terá 150 apartamentos e potencial de 7,8 mil compradores. Pertence ao empresário Flávio Tadeu Câmara e fica no entorno do centro histórico. Ao todo, serão 9 mil metros quadrados de área construída, com público-alvo nas classes A e B. ;Concordo com as pessoas que estão preocupadas com o meio ambiente e com o referencial histórico da cidade. Posso ter errado ao não apresentar o projeto ao mercado local;, conclui o empresário, que ainda busca recursos financeiros para iniciar as obras.



O segundo empreendimento, o Quinta Santa Bárbara, ficará próximo à Igreja Nossa Senhora do Rosário, no centro histórico do município. Os sócios Juliana Mesquita, Maurício Lobo e Josemar Borges Jordão são responsáveis pela obra, que prevê 192 apartamentos, sendo 64 com dois quartos. A B3 Incorporadora e Construtora, com sede em Brasília, é responsável pelo projeto arquitetônico das duas edificações. Na última terça-feira, a arquiteta Juliana Mesquita, criadora das plantas dos imóveis, garantiu ter cumprido os trâmites legais e as exigências para viabilizar as obras.

O Correio mostrou o imbróglio no início da semana. Moradores temem a redução do fluxo de água e de energia, já escassos na cidade de 22 mil habitantes. Segundo denunciam os integrantes do movimento que tenta conter a empreitada, a ruptura do cenário bucólico de ruas e casas antigas ameaça também o meio ambiente, uma vez que os projetos preveem obras em áreas próximas a nascentes e córregos. ;O projeto foi feito na surdina, isso deixou a cidade indignada. O nosso esforço é para preservar Pirenópolis, uma joia do Brasil;, reclama Jeanne Caraívas, empresária e integrante do movimento.

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