Cidades

Tribunal do Júri condena primeiro réu por feminicídio no DF

Para o coordenador do Núcleo de Gênero Pró-Mulher do MPDFT, Thiago Pierobom, a decisão é um precedente importante no enfrentamento da violência contra a mulher

postado em 16/12/2015 19:23
João Paulo Miranda é o primeiro réu no Distrito Federal condenado por crime de feminicídio. O Tribunal do Júri do Riacho Fundo sentenciou o acusado a 34 anos de prisão por homicídio triplamente qualificado por matar a companheira, Maria de Fátima Cardoso dos Santos, e um vizinho, Gilvane Bezerra Marinho. As qualificadoras foram: motivo fútil, uso de recurso que dificultou a defesa da vítima e assassinato cometido no contexto da violência doméstica.

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O homicídio aconteceu em 19 de julho. O réu estava com a companheira em um bar no Recanto das Emas com um casal de vizinhos. O grupo se desentendeu com a proprietária do estabelecimento e acabaram expulsos. João Paulo voltou para se vingar, mas teve a entrada barrada. Na sequência, Maria de Fátima pediu que fosse embora. Segundo testemunhas, o casal começou a discutir no carro. Furioso, em um dado momento, o acusado mandou que todos descessem do veículo.

Depois que o grupo desceu do veículo, João Paulo atirou em Gilvan e, na sequência, na companheira. Em seguida, foi até a outra mulher e disparou também contra ela, mas a arma falhou. De acordo com a denúncia do Ministério Público do DF e Territórios (MPDFT), João Paulo agredia Maria de Fátima e chegou a ameaçá-la de morte mais de uma vez. O julgamento aconteceu na última quinta-feira, 10 de dezembro. Para o coordenador do Núcleo de Gênero Pró-Mulher do MPDFT, Thiago Pierobom, a decisão é um precedente importante no enfrentamento da violência contra a mulher.

Com informações do MPDFT.

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