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Transporte de droga tinha até batedores; operação prendeu 10 pessoas

Na maior apreensão de maconha no Distrito Federal nos últimos 12 meses, polícia encontra carros reforçados e modificados para levar 1 tonelada do entorpecente

postado em 04/02/2016 06:03
Na maior apreensão de maconha no Distrito Federal nos últimos 12 meses, polícia encontra carros reforçados e modificados para levar 1 tonelada do entorpecente
A Polícia Civil apresentou, ontem, uma quadrilha especializada em tráfico interestadual que transportava cerca de 1 tonelada de maconha para o Distrito Federal. Segundo investigadores, é a maior apreensão de drogas realizada na capital nos últimos 12 meses. De acordo com os agentes, 10 integrantes do bando acabaram presos após uma abordagem na BR-070, entre as cidades de Águas Lindas (GO) e Ceilândia. A ação fez parte da Operação Cinderela, comandada pela Coordenação de Repressão às Drogas da Polícia Civil (Cord). Chamou a atenção dos policiais o esquema montado para transportar a droga até a capital do país.

O grupo estava dividido em cinco veículos ; quatro deles usados como batedores, dando cobertura ao Palio Weekend que carregava a erva e os demais entorpecentes. Além da maconha, a polícia encontrou 4kg de haxixe, uma pistola calibre 40 ; com dois carregadores ; e 50 munições. Ao serem interceptados, dois criminosos tentaram fugir, mas foram localizados pouco tempo depois, na zona rural de Edilânia (GO).

Conforme informações fornecidas pela polícia, a droga apreendida era trazida de Ponta Porã (MS), distante 1.346km de Brasília, e um dos principais pontos de entrada de entorpecentes do país. A cidade faz divisa com o Paraguai, de onde a carga teria origem. Do Distrito Federal, os entorpecentes seriam distribuídos em Águas Lindas (GO), Ceilândia e Samambaia. Para o delegado Rodrigo Bonach, chefe da Cord, chamou a atenção o complexo esquema montado para o traslado da carga.

;Trata-se de uma organização logística muito forte, em que o veículo que trazia os entorpecentes foi cuidadosamente preparado, com a suspensão bastante reforçada, utilizando-se de dois jogos de placas diferentes e sem os bancos traseiros, com o objetivo de aumentar a capacidade da carga;, apontou Bonach, ressaltando também a tecnologia usada pelos bandidos para passarem mensagens uns aos outros. ;A comunicação era feita por radiotransmissores a fim de dificultar eventual monitoramento da polícia.; Não é raro nesta época do ano a polícia fazer apreensões de grande porte.



Apelido
A prisão da quadrilha ocorre dois meses após a deflagração da Operação Cinderela. O nome é uma referência ao apelido de um dos investigados, Clesivaldo Pereira de Lima, o Pezinho, de 37 anos, braço direito de José Dario Lima da Silva, 45, líder do grupo. A ação contou com apoio das divisões de operações Especiais (DOE), Aéreas (DOA), de Transportes (Ditran), do Ministério Público e da 4; Vara de Entorpecentes do DF.

Memória

Quase 2t em 2015

No ano passado, a polícia recolheu 1.781,7kg de maconha no Distrito Federal e Entorno. Duas operações chamaram a atenção durante 2015. Em março, a Coordenação de Repressão às Drogas fez a maior apreensão individual do entorpecente na capital do ano. Os 150kg da droga estavam com Ricardo Coutinho do Amaral, 54 anos. Conhecido como Perneta, foi preso em flagrante por tráfico interestadual. Na época, ele estava em liberdade provisória. Coutinho vinha de Goiânia (GO) e passou pela BR-070. O suspeito dirigia um Nissan Livina quando foi abordado por agentes da Polícia Civil na altura de Ceilândia.

Em janeiro, a Polícia Rodoviária Federal (PRF) apreendeu 800kg de maconha em Formosa (GO). O entorpecente viria para Brasília. Na época, Vanderlei Paulo de Andrade, 38, foi baleado no peito após trocar tiros com a polícia. A droga estava no porta-malas e no banco traseiro do veículo.

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