Cidades

Donos de loja que gerou prejuízo de R$ 700 mil a clientes culpam a fábrica

A gaúcha Kajá Móveis suspendeu as atividades em 29 de janeiro, mas Ulisses diz que não consegue entrar em contato com o proprietário há mais de 30 dias

postado em 06/02/2016 09:01
A gaúcha Kajá Móveis suspendeu as atividades em 29 de janeiro, mas Ulisses diz que não consegue entrar em contato com o proprietário há mais de 30 dias

Dois dias após o fechamento inesperado da loja de móveis no Setor de Indústria e Abastecimento (SIA), que gerou prejuízos de até R$ 700 mil a mais de 40 clientes, os proprietários da Lucittá Ambientes, Ulisses Ribeiro e Vanessa Braga, anunciaram que entrarão na Justiça contra a Kajá Móveis, responsável pela confecção dos produtos. Segundo eles, nos últimos seis meses, foram repassados cerca de R$ 600 mil à fábrica. O valor corresponderia aos 40% exigidos pela empresa para iniciar a produção. ;Ao contrário do que disseram alguns funcionários, não demos o calote. Temos provas de todos os valores repassados à fabricante;, afirma Vanessa.

A gaúcha Kajá Móveis suspendeu as atividades em 29 de janeiro, mas Ulisses diz que não consegue entrar em contato com o proprietário há mais de 30 dias. ;O dono da fábrica fugiu com o dinheiro. O maior lesado sou eu, não os clientes. Estou desempregado, não tenho renda para abrir outra empresa e não tenho nada para vender. Estou passando por uma situação difícil, como os funcionários;, alegou o dono da Lucittá, que estima prejuízos de mais de R$ 1 milhão.

Desde agosto, as vendas totais da loja, segundo ele, foram de R$ 1,5 milhão. Os R$ 900 mil que não foram repassados à fábrica seriam usados para manter os gastos operacionais da loja, estimados em R$ 1,2 milhão no período.;Somos pessoas honestas, quem errou foi o proprietário da fábrica. Não somos golpistas;, defende-se.

O banco Santander, responsável pelo financiamento dos clientes que compraram os móveis parcelados, garante que não fará a cobrança de quem não recebeu os produtos. Até ontem, 10 pessoas registraram ocorrência da Delegacia do Consumidor (Decon).

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