Cidades

Vídeo: manifestantes entram em conflito na Esplanada dos Ministérios

Grupo foi hostilizado por outro que protestava pro-impeachment de Dilma

postado em 13/03/2016 16:24

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Imagens: Camila Costa e Julia Chaib

Nem mesmo o cancelamento do ato de militantes do PT evitou conflitos no protesto deste domingo (13/3) contra a presidente Dilma Rousseff. Enquanto as pessoas se dispersavam da Esplanada dos Ministérios, por volta de 13h30, sete pessoas foram hostilizadas. Os ataques duraram aproximadamente 30 minutos. O grupo foi chamado de petista. Uma multidão de anti-Dilma acompanhou os "opositores" desde a Catedral até a plataforma superior da Rodoviária, aos gritos de "maconheiros", "vagabundos", "vão trabalhar", "seus petistas" e "ladrões". Além disso, garrafas e latinhas foram jogadas contra eles.

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O grupo não reagiu às provocações. A Polícia Militar acompanhou a situação até a dispersão total dos manifestantes. A confusão começou depois que manifestantes contra o governo avistaram o grupo. "Estávamos andando, quando começaram a nos chamar de petistas. Uma amiga está com uma camisa que diz ;a casa grande surta quando a favela aprende a ler;" e por isso começaram a nos agredir. Depois jogaram latinhas e outras coisas", contou Paulo Motoryn, de 23 anos. Ele estava com outros seis amigos, dos quais cinco fazem parte do movimento negro. Ele diz que não provocou os manifestantes. "Fomos lá por curiosidade antropológica de manifestação. Tivemos uma conversa antes. Nossa intenção não era abrir a boca ou portar qualquer referência ao PT. Ouvi desde a ;barbudo; a cotista, como se referiram a meu amigo", detalhou.

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Imagens: Rodger Richer

"Cuspiram em mim. Viram a gente e começaram a nos agredir. Não fizemos nada, não reagimos", relatou Rodger Richer, que é diretor de combate ao racismo na União dos Nacional dos Estudantes (UNE) e filiado ao PT.

O advogado Rubens Mota, 50, justificou a atitude contra o grupo. "Vieram para provocar. Chamar a atenção para, justamente, dizer que foram humilhados. Mas não é isso. Vir aqui é chamar para provocação, já que o combinado, por motivo de segurança, era de que não aparecessem", defendeu.

Segundo o empresário Chico Cruvinel, 53, mais conhecido como Chicão nos atos contra o Partido dos Trabalhadores (PT), ele foi agredido. "Eu só falei, calmamente, que agora eles teriam que trabalhar, que a mordomia acabou. Que essa roubalheira acabou", justificou.

Uma das manifestantes mais exaltadas, a professora Luciana Cruvinel, 30 anos, tem uma versão diferente. Segundo ela, o grupo agrediu a mãe dela, que portava um cartaz antigoverno. "Agrediram e não deveriam estar aqui, conforme foi combinado com a polícia. Eu estou exercendo o meu direito de cidadã", disse.

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