Cidades

Após morte, professores da UnB pedem, em carta, segurança no câmpus

Na carta, enviada na última terça-feira (15/3), os professores ressaltam que o caminho para evitar novos casso de assédios, abusos, estupros e assassinatos é a conscientização

postado em 21/03/2016 10:12
O assassinato da estudante de biologia Louise Ribeiro pelo ex-namorado motivou professores da Universidade de Brasília a escreverem uma carta aberta à reitoria. No documento, 120 docentes cobram medidas para que casos de violência contra a mulher não voltem a ocorrer nos câmpus.
Na carta, enviada na última terça-feira (15/3), os professores ressaltam que o caminho para evitar novos casso de assédios, abusos, estupros e assassinatos é a conscientização, tanto da comunidade universitária quanto da população em geral. "Podemos e devemos problematizar o tema da violência contra a mulher", afirmaram.

Entre as sugestões para o combate à violência de gênero, os professores solicitaram que o tema seja inserido na campanha de boas vindas aos calouros e nos editais de financiamento de bolsas e projetos de extensão. Ressaltaram, ainda, a importância de incluir o assunto nas discussões no Conselho de Ensino, Pesquisa e Extensão (Cepe), Conselho Universitário (Consuni) e Conselho de Administração (CAD).

Outra sugestão é que se faça um Mapa da Violência contra a mulher na UnB. Segundo os professores, seria preciso levantar e a sistematizar todos os dados sobre denúncias e casos comprovados de violência contra a mulher ocorridos em todos os câmpi.

Confira aqui a carta na íntegra:

Caso Louise Ribeiro

No último dia 10, a jovem Louise Ribeiro foi dopada e asfixiada pelo ex, Vinicius Neres, por se negar a reatar o namoro. "Não é a primeira vez que uma estudante é assassinada em nossa universidade", lembraram os docentes, na carta. Um caso similar ocorreu em 1980, quando um ex-namorado matou a estudante Thais de Muniz Mendonça baleada. O crime também ocorreu no Campus Darcy Ribeiro, na Asa Norte.

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