Cidades

Universidade no DF ensina a envelhecer de forma saudável e feliz

O curso dura três semestres e dá ao estudante o título de educador político-social em gerontologia

postado em 13/04/2016 06:10

Apaixonada por dança, Elisabete de Oliveira, 64 anos, tem como lema não ficar parada: coreografias montadas por ela


A chegada da velhice não é, necessariamente, sinônimo de limitação, improdutividade ou solidão. Há um ano, surgiu em Brasília uma oportunidade para quem quer se manter ativo depois da aposentadoria. Criada a partir de uma parceria entre as universidades Federal do Tocantins e a de Brasília (UnB), a Universidade da Maturidade (UMA) pode representar uma trajetória diferente para quem nunca pôde fazer uma faculdade ou para quem, simplesmente, quer mais um motivo para continuar vivo e feliz.


No Tocantins, o programa soma mais de 5 mil estudantes. No DF, são duas unidades, na Candangolândia e em Ceilândia, com 200 alunos inscritos. O sucesso tem sido tanto que, em julho, será lançado um edital para a abertura de novas turmas no Câmpus Darcy Ribeiro, na Asa Norte. Ontem, alunos e professores da UMA foram homenageados em uma sessão solene na Câmara Legislativa, por iniciativa do distrital Roosevelt Vilela (PSB-DF), em comemoração ao primeiro ano da turma pioneira no DF, no Câmpus de Ceilândia, e que tem formatura prevista dentro de seis meses.


Em cada turma, é possível encontrar dezenas de motivos para estar ali. Uns queriam fugir das tarefas de casa; outros de uma depressão; tem gente que foi só porque gosta de estudar; mas, no geral, todos querem um impulso para ir mais longe. Elisabete Cristina de Oliveira, 64 anos, é formada em estudos sociais, tem especialização em formação de educação inclusiva, é artesã e faz trabalhos voluntários. De parada, a vida dela não tem nada. No entanto, uma das suas grandes paixões é estudar. Na UMA, uma das principais atividades desenvolvidas por ela é a dança.


Todas as coreografias são montadas por Elisabete. ;Não posso parar. Nosso corpo precisa de movimento, e o cérebro sempre se manter funcionando. Tudo a que me proponho a fazer, eu me dedico. A UMA é um novo leque de oportunidades, estou aqui para aprimorar meus conhecimentos com um objetivo: ajudar as outras pessoas;,diz a aposentada. Ela conta que, desde jovem, tem um tipo de ímã para as pessoas que precisam de uma palavra amiga. ;Sempre fui a confidente de todo mundo, na escola, no trabalho.; Em casa, não foi diferente. A mãe faleceu há quatro anos, mas até a hora da partida, a filha foi a grande fortaleza. ;Na época, fiz curso de cuidadora e, agora, com esse curso extensivo, vou poder agregar ao que já sei e fazer por mais pessoas;, declara.

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