Cidades

Capital Fashion Week reúne desfiles de Romildo Nascimento e Sandra Lima

Também estão abertas as inscrições para o concurso de novos talentos, iniciativa tradicional que revela estilistas da cidade

Renata Rusky
postado em 27/04/2016 06:05

O desfile de Sandra Lima se destacou pela moda conceitual, com tons preto, branco e cinza

Enquanto em São Paulo ocorre a 40; edição da semana de moda da cidade, Brasília mostra que não fica atrás na passarela. Na manhã de ontem, desfiles no Iate Clube de Brasília marcaram o lançamento da 18; edição do Capital Fashion Week (CFW), que será realizada em setembro. Em discurso de abertura, na presença de Thiago Jarjour, secretário do Trabalho, Renato Riella, um dos idealizadores da semana de moda, relembrou os primeiros passos do CFW, quando ainda precisava buscar gente de fora para a realização do evento. ;Nós trazíamos uma pessoa de Curitiba para cuidar da luz da passarela. Atualmente, temos orgulho de contar com uma equipe toda de brasilienses;, relata.


A versão pocket do evento serviu também para divulgar o início das inscrições no concurso de novos talentos, típico da semana de moda brasiliense (leia Atenção). Para estimular a criação na capital, todo ano, dois ou três designers novatos são selecionados para desfilar uma coleção inédita. Para a criação dela, eles recebem assessoria de profissionais experientes, como Akihito Hira, descoberto no concurso em 2008.

Na passarela


A moda conceitual de Sandra Lima contrastou-se com a bem mais comercial ; mas ainda criativa ; de Romildo Nascimento, um dos estilistas iniciantes escolhidos na edição de 2006. A passarela da estilista apresentou moda feminina e masculina em tons neutros: preto, branco, cinza. A base de todas as produções eram macacões e calças leggings de lycra. Por cima, vinham jaquetas, coletes, saias. Os homens de calça legging e camisetas um pouco mais longa davam um ar unissex às produções, o que têm estado em alta.


As criações de Sandra têm uma identidade muito forte: os botões grandes usados para drapear e dobrar os tecidos, característicos da estilista, estavam presentes; assim como os tecidos bem estruturados que dão novos formatos ao corpo. A estilista define tal modelagem como uma mistura do plano livre e da modelagem tridimensional. O que vemos são modelagens amplas e excesso de tecido. Uma novidade interessante foi o uso de bolas de tamanho médio, possivelmente de isopor, em uma saia longa e na gola de uma jaqueta.


As peças assinadas por Romildo Nascimento e desfiladas na manhã de ontem poderiam sair da passarela direto para o armário de qualquer homem ; até do menos moderninho. Tinha para todos os gostos: camisas com estampas mais ousadas, sem desenho algum ou com padronagem mais clássica, como bolinhas. Todas, no entanto, com um toque criativo, como pequenas pregas ou costuras.


Chamou a atenção o estilo despojado e ao mesmo tempo chique de cada produção: calça skinny, camisa social amisa amarrada na cintura, jaqueta de couro. Na passarela, viam-se homens da vida real que se preocupam um pouco com a aparência, mas sem frescura demais.

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