Cidades

Mulher com câncer se casa na capela do Hospital Universitário de Brasília

Ela termina o tratamento nesta sexta-feira (29/4), um dia após a cerimônia

postado em 28/04/2016 10:43

Ela termina o tratamento nesta sexta-feira (29/4), um dia após a cerimônia

Paciente em tratamento contra um tumor no cérebro, a maranhense Shirley Jeany Muniz Luso, de 40 anos, internada há oito meses no Hospital Universitário de Brasília (HUB-UnB), realiza o sonho de se casar com o companheiro, Alexsandro Carvalho Garcia, 40, com quem vive há duas décadas. A cerimônia religiosa ocorreu na capela da unidade hospitalar, às 10h30 desta quinta-feira (28/4).

Detalhes como o vestido, a decoração, serviço de fotografia, comida, buquê e todos os preparativos foram providenciados pela Associação de Voluntários do HUB. ;Realizar o desejo dos pacientes, terminais ou não, é importante para nós. Fazemos tudo o que está a nosso alcance e dentro dos limites do hospital para atender aos pedidos que recebemos;, afirma a voluntária Márcia Bernardes.

Há oito meses, Shirley deixou sua cidade natal, São Luís (MA), e se mudou para Brasília (DF), em busca de tratamento para a perda da visão, que aconteceu repentinamente, de um dia para outro. Junto com ela, vieram os três filhos e o marido. No HUB, ela passou por várias especialidades médicas e se submeteu a muitos exames até chegar ao diagnóstico: um câncer maligno no cérebro.

Ela termina o tratamento nesta sexta-feira (29/4), um dia após a cerimônia
A convivência com a doença fez surgir um desejo antigo da paciente, que está internada há cinco dias no HUB para fazer radioterapia, o de se casar, sempre adiado pela falta de condições financeiras. ;Tudo o que eu queria era abençoar essa união diante de Deus, estamos juntos há 20 anos. Terminei meu tratamento e agora sou uma mulher casada;, disse ela.

Depois de passar por três sessões de quimioterapia, Shirley receberá alta nesta sexta-feira (29/4), quando finaliza as 25 sessões de radioterapia. ;Tenho muito a agradecer ao HUB. Vou sair daqui casada e com o tratamento finalizado. As voluntárias são pessoas abençoadas. O que elas fazem não tem como pagar. Vemos a alegria nelas em ajudar os outros;, contou a, agora, senhora Garcia.

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