Cidades

PF realiza 2ª etapa da operação contra cartel de combustíveis no DF e GO

PF deflagrou no início da manhã desta sexta-feira a 2ª fase dos trabalhos contra um cartel de combustíveis que agia na capital e no Entorno

Maria Eduarda Cardim - Especial para o Correio
postado em 06/05/2016 09:11
A Polícia Federal (PF) deflagrou no início da manhã desta sexta-feira (6/5) a 2; fase da Operação Dubai, contra um cartel de combustíveis que agia no Distrito Federal e Entorno. Quatro mandados de condução coercitiva e quatro mandados de busca e apreensão foram cumpridos. Dois empresários, Ilson Moreira, da rede Braga, e Daniel Alves, da rede Autoshopping prestaram depoimento na segunda fase. Além deles, outros dois funcionários foram ouvidos.
Os mandados estão sendo cumpridos nos postos das seguintes redes: Braga, Autoshopping, e Original. Segundo as investigações da PF, havia um acordo onde os postos de bandeira branca cobravam de 2 a 3 centavos a menos do que os demais. Mais de 30 pessoas podem ser indiciadas no inquérito, e devem responder pelo crime de formação de cartel, com pena de 2 a 5 anos e multa, e por organização criminosa, com pena de 3 a 8 anos.
Quatro mandados de condução coercitiva e quatro mandados de busca e apreensão foram cumpridos
A segunda fase da operação apura um esquema de cartel periférico ao principal, onde os integrantes não faziam parte do cartel principal mas se utilizavam dele quando era necessário. Os alvos são funcionários e gerentes de redes de postos envolvidos no esquema de cartel.

A apuração teve o apoio do Conselho Administrativo de Defesa da Econômica (Cade) e do Grupo de Atuação no Combate ao Crime Organizado (Gaeco) do Ministério Público do Distrito Federal e Territórios. A expectativa da PF é que, nos próximos 60 dias o inquérito deve ser concluído.

Primeira fase

A primeira fase da operação aconteceu em novembro de 2015, onde as as investigações revelaram, uma sobretaxa de 20% sob a gasolina para os consumidores. O preço do álcool era inflado para evitar sua penetração no mercado brasiliense e o sindicato dos postos era usado no esquema.

Os prejuízos totais para os consumidores do Distrito Federal é de R$ 1 bilhão por ano apenas com a principal rede investigada, que vendia 1,1 milhão de litros de combustível por dia, com lucros que beiram os R$ 800 mil diário com o esquema, de acordo com a Polícia Federal.

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