Cidades

Estudantes de Ceilândia vendem latinhas para ajudar asilo de Taguatinga

Estudantes de Ceilândia aprendem como ajudar o próximo: eles juntaram e venderam milhares de latinhas de alumínio e compraram quatro cadeiras de rodas para um asilo em Taguatinga

postado em 21/05/2016 08:09
Lanche, música, conversas e sorrisos tomaram conta do lar dos velhinhos, em Taguatinga: projeto desenvolvido desde o início do ano no Distrito Federal

Não existe lugar que não fique melhor com uma pontinha de solidariedade. Jonathan Santos, 23 anos, aluno do Centro Brasileiro de Cursos (Cebrac), é uma das pessoas que pensam assim e contagiam outros por fazer a diferença. Ele mobilizou vizinhos em Ceilândia, família, amigos e conhecidos e juntou 8 mil latinhas de alumínio. Não foi à toa e nem para proveito próprio. O material vendido rendeu o suficiente para comprar uma cadeira de rodas, que ontem chegou como doação a um asilo onde vivem 34 idosas, em Taguatinga. No momento da entrega, as presenteadas mal conseguiram conter a alegria: cantavam, agradeciam e distribuíam sorrisos.

Na Associação São Vicente de Paulo ; Lar de Velhinhos, a recepção ficou por conta das freiras coordenadoras do local, Maria José Santos, 55 anos, e Edivanir Leoncio, 70. As religiosas não conseguiam esconder a felicidade com a doação. ;A ação foi fantástica, educativa, carinhosa;, aponta Maria José. Edivanir conta que o lar costuma receber muitas escolas, com pessoas cheias de carinho para dar. ;Os convidados fazem recreação com as idosas, brincam, cantam. Os lanches são coletivos e a recepção é sempre muito boa, tanto das moradoras do lar quanto dos visitantes. É impossível não se contagiar;.



Quando os alunos chegaram, ao lado dosrepresentantes do Cebrac, todos estavam reunidos na varanda. Tímidas, as idosas aos poucos foram se soltando, tornando o ambiente cada vez mais agradável. ;Solidariedade é ver o sorriso no rosto delas;, emocionou-se Caio Breno Viana, 17, colega de Jonathan que também envolveu no projeto. Foram três meses de trabalho, 48 mil latinhas de alumínio arrecadadas e quatro cadeiras de rodas doadas. O lar, que vive de doações, além da grande equipe de médicos, psicólogos e fisioterapeutas disponíveis, conta com academia, piscina, jardim e horta. Tem um ar acolhedor e alegre e está sempre aberto a receber gente nova, disposta a distribuir amor.

O projeto
A boa ação de Jonathan surgiu como parte da primeira etapa de um projeto solidário chamado Projeto EcoCebrac. O gestor diretor da Cebrac, Douglas Travassos, 23 anos, e a coordenadora pedagógica do local, Cristiane Urcino, 24, adaptaram a ideia vinda da sede do centro, em Londrina. Os responsáveis contam que mais de 800 alunos do DF participaram do projeto, que vem sendo desenvolvido desde janeiro do ano passado. ;Todo mundo ajudou. Foram famílias, alunos, funcionários e professores. Todos receberam a ideia de forma muito positiva;, comenta Cristiane.

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