Cidades

Conic: alegando falta de segurança, prefeitura dá prazo para fim de festas

Organizadores afirmam ter as licenças do governo

postado em 27/05/2016 08:10
Carlos Eduardo alega que eventos fazem parte do projeto de revitalização do Teatro Dulcina
Desde o início do mês, um documento tem colocado a concepção do tombamento de Brasília em risco. Pensado por Lucio Costa para ser um lugar de entretenimento, cultura e lazer, o Setor de Diversões Sul (SDS) poderá não ter mais diversão. Um sobrevivente entre as referências culturais da cidade, o edifício; e com ele o Teatro Dulcina, a Sala Conchita e os espaços públicos ali existentes, são um dos poucos pontos centrais para festas, teatros, palestras. Mas, no último dia 5, a produtora responsável pela organização dos eventos no Dulcina recebeu uma carta em nome da Prefeitura do Conic pedindo o fim das atividades no local.

O argumento da prefeitura é de que o Conic ainda não está preparado para fazer determinados tipos de eventos. Alega risco aos frequentadores e que há fios elétricos expostos, tubulação de gás no subsolo, rede de esgoto aberta. ;Estamos falando, também, de áreas comuns. Os síndicos não querem os eventos por lá, até que tudo esteja pronto. Quanto estiver em condições, sou uma das que defendem que tenha festas. Temos feiras, exposições e nenhum dá problema. Apenas essas festas;, afirma a prefeita do Conic, Flávia Portela.

As declarações são contestadas por Carlos Eduardo Guimarães, o Kaká, dono da Latitude 15 Produções. Segundo ele, a empresa, ao lado de coletivos de arte e música, foi convidada pela Fundação Brasileira de Teatro, mantenedora do Teatro Dulcina, a revitalizar o lugar, abandonado há mais de três anos. Após seis meses avaliando as condições do prédio, um relatório foi elaborado, com as deficiências do teatro. Uma reforma foi autorizada e feita entre dezembro de 2015 e fevereiro de 2016, ao custo de R$ 100 mil. Desde março, o Teatro Dulcina, a Sala Conchita e as áreas públicas externas voltaram a receber atividades culturais.

Autorizações
;Corremos atrás do alvará de funcionamento, que passou pela Defesa Civil, pelo Corpo de Bombeiros, e foi liberado. Temos autorização para funcionar. Reformamos toda a parte elétrica, inclusive a do subsolo. Pintamos paredes, chamamos grafiteiros, que fizeram painéis de arte. Arrumamos os banheiros, pois estava tudo destruído;, ressalta Kaká. O produtor elaborou um processo com documentos recolhidos na Prefeitura do Conic e no Conselho de Segurança da área central de Brasília, com os andamentos do caso. Ele entregará tudo ao Ministério Público do Distrito Federal e Territórios pedindo uma reavaliação da eleição de todo o corpo diretivo da Prefeitura do Conic.

A matéria completa está disponível aqui, para assinantes. Para assinar, clique

Tags

Os comentários não representam a opinião do jornal e são de responsabilidade do autor. As mensagens estão sujeitas a moderação prévia antes da publicação