Cidades

PF investiga fraude em programa habitacional no Riacho Fundo 2

A Operação Clã tenta recolher elementos que possam ajudar a esclarecer como operava uma organização criminosa suspeita de interferir e cobrar taxas para a concessão de lotes do programa

Jacqueline Saraiva
postado em 02/06/2016 08:15
A Operação Clã tenta recolher elementos que possam ajudar a esclarecer como operava uma organização criminosa suspeita de interferir e cobrar taxas para a concessão de lotes do programa
A investigação de um esquema de fraude no Programa Habitacional Riacho Fundo 2 ; 4; Etapa colocou policiais federais nas ruas, nesta manhã de quinta-feira (2/6), para cumprir 14 mandados de busca e apreensão, além de três conduções coercitivas. A Operação Clã, da Polícia Federal (PF), tenta recolher elementos que possam ajudar a esclarecer como operava uma organização criminosa suspeita de interferir e cobrar taxas para a concessão de lotes do programa.

[SAIBAMAIS]Segundo a investigação, há indícios da participação de servidores público, membros de associações e empresários do ramo da construção civil em condutas que podem configurar, em tese, a prática dos crimes de corrupção passiva, advocacia administrativa e lavagem de dinheiro. O programa é uma parceria entre a União, Distrito Federal e sociedade civil organizada, destinado à concessão de lotes a famílias necessitadas.



Um terreno da União, com área total de 1.330.460 m;, foi fracionado em lotes para serem cedidos, gratuitamente, a famílias carentes cadastradas no programa e que atendessem aos critérios exigidos. A seleção ficou a cargo de associações sem fins lucrativos e posteriormente habilitados pela Secretaria de Habitação, Regularização e Desenvolvimento Urbano do Distrito Federal -SEDHAB (antiga SEDUH).

De acordo com a PF, integrantes dessas associações são suspeitas de manipular a escolha dos beneficiários. Para isso, cobravam valores, condicionando o recebimento de terreno à contratação de determinadas construtoras ligadas ao grupo para a realização das obras. ;Tudo com a aparente conivência da direção da SEDHAB à época;, segundo nota da PF.

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