Cidades

400 manifestantes pressionam deputados por causa de projeto que regula Uber

Policiais militares destacaram 80 homens para a Câmara legislativa. Os agentes de segurança fazem um cordão de isolamento para evitar confronto entre motoristas da categoria com taxistas

postado em 21/06/2016 15:43
A Polícia Militar deslocou 80 homens para a Câmara Legislativa do Distrito Federal, na tarde desta terça-feira (21), em função da votação do projeto de lei que regulamenta o transporte de passageiros por meio de aplicativos, como o Uber. Os agentes de segurança fazem um cordão de isolamento para evitar confronto entre motoristas da categoria com taxistas. Até as 15h30, não havia sido registrado nenhum incidente grave. Apenas xingamentos e fogos de artifício.
A corporação estima que no local estejam reunidos 250 taxistas e 150 motoristas do Uber. Do lado de fora da Câmara Legislativa policiais militares separam os dois grupos. As provocações constantes entre as duas partes são constantes e a polícia precisa intervir para que os manifestantes não briguem, mas sem o uso da força.

Atraso

Os grupos estão reunidos em frente a Câmara Legislativa desde o início da tarde. Os taxistas se concentram, em sua maioria, próximos à entrada do prédio, e proferem xingamentos contra os concorrentes que entram para acompanhar a sessão. Integrantes das categorias serão separados na galeria do plenário para evitar mais confusões. A chegada de uma carreata do Uber, por volta das 14h15, provocou alvoroço. PMs tiveram que intervir para conter a aproximação de taxistas, que disparavam palavrões. Militares fizeram um cordão de isolamento.

Uma sessão estava marcada para começar às 15h. Ela vai discutir a regularização do serviço de transporte. No plenário da Câmara, ainda é aguardado o início da reunião. Taxistas e motoristas do Uber dividem as galerias, espaço dedicado ao público. Deputados são aplaudidos ou vaiados quando entram no recinto, conforme a posição de cada um em relação ao projeto.

Limitação

A iniciativa do Governo do Distrito Federal, em discussão nesta terça, libera o sistema de aplicativo, mas proíbe o Uber-X, a versão mais popular e barata do serviço. Ele emprega cerca de 3 mil motoristas. Já o Uber Black (mais caro, apenas com carros do modelo executivo e da cor preto) tem outros 1,5 mil profissionais. O projeto de lei recebeu 51 emendas e substitutivos, que serão analisados em plenário. Não há consenso, mas a tendência é de que pelo menos o serviço de carros executivos seja liberado.

Serão necessários 13 votos para aprovar a regulamentação do Uber. Há um grupo de oito distritais favoráveis à proposta, que integram a Frente Parlamentar em Defesa da Utilização de Aplicativos para o Transporte Individual de Passageiros.

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