Renato Alves
postado em 23/06/2016 14:59
Aprovada em primeiro turno pelos deputados distritais, a Lei que regulamenta o Uber no Distrito Federal segue para votação em segundo turno na tarde desta quinta-feira (23/6), no Plenário da Câmara Legislativa. Um dos pontos polêmicos é a emenda número 65, que limita a quantidade de motoristas de aplicativos a 50% do total de táxis na capital do país. Isso representaria apenas 1,7 mil concessões. Há cerca de 5 mil pessoas dirigindo para o Uber em Brasília, sendo 1,5 mil no Uber Black e 3,5 mil no no Uber X. Há outros aplicativos de transporte, como o 99 e o Easy Táxi. Deputados contra o parâmetro tentam barrar a emenda de limitação. Para reverter a situação é necessário dois votos de diferença.Leia mais notícias em Cidades
A emenda 65 foi aprovada em primeiro turno por 12 votos a 11. No aplicativo da empresa Uber, desde o início da manhã desta quinta, a empresa disponibilizou uma simulação denominada ;Novo Uber X?;. A opção mostra como seria o sistema a partir da aprovação da emenda 65, que limita o número de motoristas de aplicativos. ;Hoje, o sistema funciona de uma maneira que temos vários condutores disponíveis. Isso garante agilidade no atendimento. Com a aprovação da limitação, a disponibilidade de veículos seria menor e os valores cobrados ao consumidor maior;, ressalta o representante da Uber, Fábio Sabba.
Tarifa dinâmica
A simulação mostra o efeito da limitação, ou seja, com quantidade menores de carros, a tarifa dinâmica seria constante.
O taxa apresentada é de preço mínimo de R$ 16,20 (tarifa dinâmica de 2,7 x sobre o valor normal cobrado pelo serviço X, que hoje cobra o mínimo de R$ 6 por viagem solicitada pelos usuários da ferramenta de transporte individual). Ao tentar pedir o serviço, porém, uma mensagem é gerada para o usuário. Ao abrir o aplicativo também aparece uma mensagem para o usuário falando sobre a possível decisão de limitar a quantidade de carros. ;Poucos carros e altos preços;. A presidente da Câmara Legislativa, Celina Leão (PPS), defende que cabe ao Governo do Distrito Federal (GDF) definir esses parâmetros. ;Limitar o número de concessões representa retirar do mercado boa parte dos motoristas de aplicativo que já circulam na cidade. No meu entendimento, a demanda de clientes que pode definir isto", diz a parlamentar.