Cidades

Jovens não medem esforços para participar da Jornada Mundial da Juventude

Vender minipizzas, promover bazares, alimentar-se de marmitas, vale tudo para conseguir estar em Cracóvia, no período de 25 a 31 de julho

postado em 29/06/2016 07:26
Juliana e Pedro Henrique trabalham pesado para conseguir levantar o dinheiro necessário: busca do objetivo comum deixou o casal de namorados ainda mais unidos

Desde o anúncio do papa Francisco de que de a próxima Jornada Mundial da Juventude (JMJ) seria realizada em Cracóvia, o confeiteiro Pedro Henrique de Oliveira, 24 anos, passou a sonhar com a ida à cidade polonesa. Na época, há três anos, pensava em guardar apenas parte do salário para a viagem. Até que começou a namorar Juliana Lanna, 19, e os planos passaram a ser a dois. Iniciaram, então, a arrecadação de dinheiro com a venda de bolo gelado e minipizza. Também trabalharam como garçons em festas. ;Juntamos algumas economias e fizemos um evento, com feijoada. A Juliana ainda cuida de crianças sempre que dá. E a gente vai fazendo tudo que tem surgido para que seja possível levantar esse dinheiro;, descreve Pedro. Uma das maiores dificuldades, segundo ele, é convencer as pessoas de que o propósito é verdadeiro. Mas o casal conseguiu poupar o necessário para tornar a peregrinação, no fim de julho, uma realidade.

É a primeira vez que o casal vai para fora do Brasil e também que ele viaja de avião. ;Estamos superempolgados. Até porque não vamos direto para Polônia, visitaremos a Alemanha e a República Tcheca. Estou bem feliz de poder conhecer outros países da Europa; revela o jovem. O evento tem grande importância para a espiritualidade dos dois, assim como o esforço conjunto fortaleceu a relação do casal. ;Esta JMJ é o que tem me mantido de pé, trabalhando e buscando cada vez mais a Deus; afirma Pedro.



O coordenador do setor de comunicações da Arquidiocese de Brasília, padre João Firmino, destaca que a JMJ é uma experiência enriquecedora. Para ele, a premissa da jornada não é ser simplesmente um evento religioso, mas animar os jovens para a caminhada de fé. ;Os esforços para conseguirem o dinheiro, os sacrifícios feitos para poderem ir a esse encontro espiritual, são estímulos para o crescimento pessoal dos jovens.; Desta vez, o religioso não poderá ir ao evento, mas garante que rezará por todos que estarão presentes.

A auxiliar administrativa Nathália Béssa, 22 anos, participará da JMJ pela terceira vez. Esteve em 2011, em Madri, na Espanha, e em 2013, no Rio de Janeiro. Os padres da Paróquia Imaculada Conceição, da qual faz parte, sempre incentivaram a juventude a ir ao encontro do papa. Para ela, a maior dificuldade é a questão financeira, pois o valor da viagem é alto, e falta tempo para arrecadar o dinheiro necessário. ;Fazia faculdade e não tinha como dedicar 100% do meu tempo trabalhando para a peregrinação;, conta. Mas nada fez com a que a jovem desistisse. No início, trabalhou nos grupos de lanches da paróquia. Depois, formou outra equipe para lavar carros na igreja. Além disso, produziu bazares com os irmãos e os pais, que também viajarão.

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