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DF registra 737 casos de caxumba e governo lança 11 medidas de combate

Ceilândia, Taguatinga, Guará e Samambaia são as cidades onde houve a maior quantidade de casos. Os mais atingidos são os homens e a faixa etária entre 20 e 49 anos.

Otávio Augusto
postado em 01/07/2016 13:09
Até essa quinta-feira (30/6), a capital federal registrou 737 casos de caxumba. Desde o início do ano, ocorreram 20 surtos isolados da doença em Brasília: 13 em escolas, três em residências, dois em complexos penitenciários e dois em outros locais não divulgados. Somente em junho, houve 12 situações. De janeiro a junho, a Secretaria de Saúde notificou 757 pessoas com os sintomas de caxumba ; febre, inchaço das glândulas salivares, calafrios, dor de cabeça e ao mastigar e engolir. Dessas, 737 ocorrências foram em moradores de Brasília ; a maioria (467) em homens (o vírus pode infeccionar os testículos causando esterilidade).

O Boletim Epidemiológico divulgado pela Secretaria de Saúde mostra que as regiões administrativas com o maior número de ocorrências são Ceilândia (133), Taguatinga (111), Guará (67) e Samambaia (66). A maioria dos casos ocorreu em homens com 467 infecções ; o que representa 63,4% do total.

[SAIBAMAIS]As faixas etárias de 20 a 49 anos, com 58,8% dos casos e de 15 a 19 anos com 30,9% , permanecem com as maiores proporções de incidência. Todas as 31 regiões administrativas registraram casos da doença. A incidência acumulada do mal, ou seja, a quantidade de doentes a cada grupo de 100 mil habitantes, é de 25,3% no DF. Asa Sul, Ceilândia, Lago Sul, Samambaia e São Sebastião são as cidades que mais identificaram surtos.



Monitoramento
Como medida de combate, a Vigilância Epidemiológica monitora os casos suspeitos. Para frear a doença, a Secretaria de Saúde divulgou 11 medidas de controle. "Quanto há surto, a secretaria alerta para a necessidade de isolamento social dos pacientes de, no mínimo, dez a 15 dias ; contados a partir dos primeiros sinais e dos sintomas da doença. Como a contaminação ocorre por meio de gotículas de salivas, devem-se evitar ambientes aglomerados e fechados e compartilhar copos e talheres. Também é importante ingerir líquidos", destacou em nota.

Veja as medidas divulgadas pela Secretaria de Saúde:

- Frequente lavagem e higienização das mãos, principalmente antes de consumir algum alimento;

- Utilizar lenço descartável para higiene nasal;

- Cobrir nariz e boca quando espirrar ou tossir;

- Evitar tocar mucosas de olhos, nariz e boca;

- Higienizar as mãos após tossir ou espirrar;

- Não compartilhar objetos de uso pessoal, como talheres, pratos, copos ou garrafas;

- Manter os ambientes bem ventilados;

- Evitar contato próximo a pessoas que apresentem sinais ou sintomas da caxumba;

- Evitar sair de casa em período de transmissão da doença;

- Evitar aglomerações e ambientes fechados (procurar manter os ambientes ventilados);

- Adotar hábitos saudáveis, como alimentação balanceada e ingestão de líquidos.

A caxumba
A caxumba, doença caracterizada principalmente pelo inchaço das glândulas que produzem saliva, pode ser contraída mais de uma vez, mesmo quando ocorre a vacinação ou a primeira contaminação. Entretanto, esses casos são bastante raros. Segundo a literatura médica, um indivíduo pode registrar mais de uma ocorrência de coqueluche, infecção marcada por tosse severa e seca, embora sejam situações isoladas.

No Sistema Único de Saúde (SUS), a vacina a tríplice viral ; que protege contra caxumba, sarampo e rubéola ; está disponível gratuitamente para pessoas de até 49 anos de idade. Para crianças e adolescentes de até 19 anos, estão disponíveis as duas doses. Para pessoas entre 20 e 49 anos, o sistema público de saúde oferece apenas uma dose. Não existe um tratamento específico para a doença.

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