Cidades

Rodoviários aceitam aumento de 10% e encerram greve no Distrito Federal

A categoria cancelou todas as paralisações. Mas, entre os metroviários, o impasse continua: amanhã haverá o julgamento do dissídio no Tribunal Regional do Trabalho

postado em 04/07/2016 09:56
Coletivos rodarão normalmente. Salário de motorista sobe para R$ 2,3 milO Sindicato dos Rodoviários do Distrito Federal aceitou a proposta dos patrões e encerrou a greve da categoria. A decisão foi tomada em assembleia na manhã de ontem, no Conic, e garantirá o transporte da população nesta segunda-feira. A categoria vinha fazendo paralisações relâmpago, com a adesão de cerca de 5 mil funcionários. Agora, todos voltarão ao trabalho. A categoria terá reajuste salarial de 10%, aumento no tíquete alimentação, no valor da cesta básica e do plano de saúde, benefício que atingirá todos os rodoviários. Ao todo, são 12 mil funcionários sindicalizados na categoria.
Segundo o presidente do sindicato, Jorge Farias, a categoria passou o sábado reunida com os empresários e, até então, não havia previsão de acordo. A nova proposta foi apresentada nas primeiras horas de ontem, antes de a categoria confirmar a greve inicialmente prevista para esta segunda-feira. ;Passamos o dia todo com eles ontem (sábado), mas saí de lá desanimado. Pouco depois, eles me ligaram e fizeram uma nova proposta que foi uma vitória para a categoria;, garante Jorge. De acordo com ele, o acordo, que não teve participação do Governo do Distrito Federal, garante um reajuste salarial de 10%.

Até ontem, a única proposta dos patrões tinha alcançado apenas de 8% de aumento. Inicialmente, motoristas e cobradores reivindicavam reajuste de 20% no salário ; 10% correspondentes a perdas inflacionárias e 10% de aumento real. ;Além dos 10%, o tíquete alimentação, a cesta básica e o plano de saúde vão ser reajustados em 11%. Com isso, não há mais risco algum de greve;, afirma Farias, lembrando que a decisão beneficia todos os funcionários. A decisão de suspensão das paralisações atinge também os ônibus extras, que circulavam nos horários de pico. O salário dos motoristas subirá de R$ 2.120 para R$ 2.332; o dos cobradores, de R$ 1.109 para R$ 1.219 e o vale-refeição passará de R$ 461 para R$ 511,71.

Enquanto os rodoviários chegaram a um acordo, entre os metroviários, o impasse continua. O julgamento do dissídio de greve da categoria será julgado amanhã. Enquanto isso, o metrô permanecerá operando com 24 estações abertas e 24 trens nos horários de pico. A sessão está prevista para as 9h, na 1; Seção Especializada do Tribunal Regional do Trabalho da 10; Região (TRT10). O dissídio foi provocado pela Companhia do Metropolitano do Distrito Federal (Metrô-DF), que pediu o reconhecimento de que a greve deflagrada é abusiva.

O Sindicato dos Trabalhadores em Empresas de Transportes Metroviários do Distrito Federal (SindMetrô-DF) nega. O Metrô-DF quer que seja determinado o retorno integral dos trabalhadores da empresa à atividade. Já a entidade sindical solicitou a redução da quantidade de trabalhadores e trens mantidos em operação nos horários de pico. Assim, o Metrô-DF permanecerá com horários das 6h às 9h e das 17h às 20h30. Os metroviários estão em greve desde 13 de junho.|

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