Cidades

Evento reúne, aos domingos, músicos e vendedores de artesanatos e peças

A feira é organizado por dois restaurantes da 306 Sul e feita ao evento ao ar livre

Gláucia Chaves
postado em 25/07/2016 06:03
A feira é organizado por dois restaurantes da 306 Sul e feita ao evento ao ar livre
As manhãs de domingo em Buenos Aires acontecem na rua, mais especificamente no bairro de San Telmo. A sortida feira argentina reúne, no mesmo lugar, antiguidades e objetos modernos e descolados, comidas típicas, livros e um outro tanto de produtos comercializados ao ar livre. Ontem, pela terceira vez no ano, Brasília teve a chance de curtir um fim de semana tipicamente portenho. Organizada por Renata Carvalho, chef e dona dos restaurantes Ancho Bistrô de Fogo e Louca Como Tu Madre, na 306 sul, a feira Domingo en San Telmo é uma simulação do evento argentino. O projeto está em sua segunda temporada. No ano passado, foi realizado de 5 de julho a 20 de setembro. Além de objetos de decoração, vinis, chaveiros e enfeites, a versão candanga conta com apresentações de artistas locais. Cacai Nunes e Dudu 7 Cordas foram os convidados de ontem.

O grande objetivo é unir a comunidade, segundo Renata Carvalho. O comércio colaborativo foi a fórmula encontrada pela chef para valorizar produtos feitos em Brasília e, ao mesmo tempo, dar visibilidade para quem não teria condições de arcar com os elevados aluguéis de lojas do Plano Piloto. Chamar a atenção para os dois restaurantes, naturalmente, também é um dos propósitos. Resumindo: a parceria é boa para a empresária, para os pequenos empreendedores e para o público, que tem mais motivos para sair de casa. ;Não cobramos para quem quer expor aqui, fazemos só uma curadoria;, explica. ;Tentamos dar preferência para produtos variados e fazemos um rodízio de expositores, para dar espaço para todo mundo;, completa. Como a graça do evento é que ele seja feito ao ar livre, a ideia é que continue enquanto durar o período de estiagem, sempre aos domingos.



A expositora Cecília Leal, 28 anos, aproveitou a feira, ontem, para vender quadros decorativos e objetos de papelaria. Decorados com imagens com design próprio ou desenhos originais, os porta-retratos variavam de R$ 20 a R$ 25. ;Comecei esse ano. A crise apertou e tive que me reinventar;, contou. A designer Mariana Rausch, 31, também aproveitou a onda de feiras colaborativas para colocar sua veia artística para funcionar. A partir de estampas criadas por ela mesma, a comerciante produz lenços, chaveiros, carteiras e adesivos. Há dois anos, suas produções são feitas em um estúdio próprio. ;É uma valorização dos artistas da cidade;, ressaltou.

O que chamou a atenção do casal de namorados Beatriz Leal, 30, e Gabriel Lui, 33, foi justamente a proposta de uma feira parecida com a de San Telmo. A escritora e o servidor público saíram da Asa Norte para visitar a feira pela primeira vez. ;Já fomos na feira da Argentina e ficamos empolgados para ver como seria a daqui;, comentou Gabriel. ;Acho bom, agora que tem várias opções de eventos ao ar livre. Quando tinham poucas, lotava muito;, opinou Beatriz. Já a servidora pública Daniele Duarte, 38, foi pela música, pois é fã de Cacai Nunes e Dudu 7 Cordas. ;O Rio de Janeiro é uma cidade de rua, por isso demorei a me adaptar aqui. Mas agora está tendo muita coisa, dá um movimento legal para a cidade, uma vida nos fins de semana.;

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