Cidades

Polícia busca quadrilha de golpe do falso emprego, no DF e em São Paulo

O grupo divulgava os anúncios em sites na internet e jornais, mas quando a vítima entrava em contato interessada na vaga de emprego eles informavam da necessidade de fazer um curso a distância no valor de R$ 150

Isa Stacciarini
postado em 25/07/2016 12:14
A imagem do anúncio foi levada à polícia por uma das vítimasUm golpe de falso emprego, aplicado em todo país - inclusive com vítimas no Distrito Federal -, está sendo alvo de policiais da Coordenação de Repressão aos Crimes contra o Consumidor, à Ordem Tributária e a Fraudes (Corf). Os 12 mandados de prisão preventiva e dois de busca e apreensão são cumpridos em São Paulo e no litoral paulista onde fica a sede da organização criminosa. A investigação durou mais de um ano. A operação batizada de Fake Job foi deflagrada na manhã desta segunda-feira (25/7). Ao menos cinco pessoas foram presas até às 12h40.



O grupo divulgava os anúncios em sites na internet e jornais, mas quando a vítima entrava em contato interessada na vaga de emprego eles informavam da necessidade de fazer um curso a distância no valor de R$ 150. Os criminosos prometiam que após o falso "treinamento" os candidatos seriam admitidos. No entanto, não existia o emprego. A maioria das oportunidades ofertadas era de baixa renda em diversas funções. O líder do bando, Renan Romero Dias, está foragido.

O líder do bando, Renan Romero Dias, está foragidoSegundo investigação da Polícia Civil do DF, em apenas um dia os golpistas recebiam cerca de mil e-mails de desempregados interessados nas vagas. Ainda não há custo estimado de quanto os criminosos lucraram. A expectativa é fazer a contagem dos valores com as buscas realizadas e a prisão dos envolvidos.

De acordo com o apurado pelos investigadores até agora, quando o grupo aplicava muitos golpes com o mesmo site, eles desativavam a página online e criavam outro. Contudo, ainda há contas ativas com as ofertas de emprego disponíveis. Alguns anúncios fraudados são identificados como Grupo Líder Portaria, Central Internacional, Emprego de Portaria, Embra Treinamentos, Certificado de Portaria, SC Pesquisa Nacional, entre outros.

A Polícia Civil acredita que milhares de pessoas espalhadas por todo país tenham sido vítimas dos criminosos. Investigadores também suspeitam que após a divulgação do caso novas vítimas apareçam.

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