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Justiça determina que assassino de estudante da UnB vá a júri popular

A decisão é do titular do Tribunal do Júri de Brasília, o juiz Paulo Giordano. A data do julgamento, no entanto, ainda não foi marcada

postado em 26/07/2016 23:04

A decisão é do titular do Tribunal do Júri de Brasília, o juiz Paulo Giordano. A data do julgamento, no entanto, ainda não foi marcada

Quatro meses após declarar friamente à polícia e à Justiça a autoria do assassinato da estudante de Louise Maria da Silva Ribeiro, 20 anos, Vinícius Neres vai ser levado a júri popular. A decisão, proferida nesta terça-feira (26/7), é do titular do Tribunal do Júri de Brasília, o juiz Paulo Giordano. A data do julgamento, no entanto, ainda não foi marcada. Ainda cabe recurso da sentença.

Vinícius Neres responde por homicídio quadruplamente qualificado da ex-namorada por motivo ter feito isso de maneira fútil, valido-se de um meio cruel, recurso que dificultou a defesa da vítima, feminicídio ; matar uma mulher por desprezar a sua condição feminina ; e ocultação de cadáver.

O réu está preso e permanecerá sob a tutela do Estado até o julgamento. A prisão em flagrante do acusado, ocorrida no dia 11 de março, um dia após o crime, foi convertida em prisão preventiva. ;A custódia é necessária porque houve inequívoca demonstração de periculosidade, com a prática de um crime bárbaro, em local público e com grande repercussão social;, declarou o magistrado.

Relembre o caso
Vinícius asfixiou Louise porque não se conformava com o fim do relacionamento entre eles. Ele a chamou para conversar em um laboratório na Universidade de Brasília (UnB), onde os dois eram alunos e colegas de turma no curso de biologia, e aproveitou que estavam sozinhos para assassinar a jovem. O caso ocorreu em 10 de março, durante a noite.

O jovem aproveitou-se da fragilidade de Louise, que foi até o local ouvir um desabafo dele, e a imobilizou, fazendo com que ela desmaiasse. Quando isso aconteceu, ele a amarrou em uma cadeira e fez com que ela ingerisse o clorofórmio. Isso teria causado ;intenso, desnecessário e prolongado sofrimento;, concluiu o Ministério Público na época do primeiro depoimento de Vinícius, há cerca de dois meses.

Após assassinar a ex-namorada por asfixia, ele carregou o corpo para fora do laboratório em um carrinho, o descartando em uma parte vazia e escura da UnB. Quando terminou, o estudante pegou o carro da vítima e deu algumas voltas na cidade. De acordo com ele, ;para pensar em tudo o que tinha acabado de fazer;.

Menos de 24 horas após matar a ex-namorada, Vinícius confessou o crime calmamente e com uma riqueza de detalhes impressionante, segundo a polícia relatou ao Correio. ;Vejo esse rapaz com séria doença mental. Ele tem problemas psiquiátricos sérios e precisa ser avaliado pela perícia. Até pelo fato de narrar o fato sem qualquer emoção. Não demonstrou sentimento nem quando a família dele o abraçou na DP ; Delegacia de Polícia;, contou o chefe da Divisão de Repressão a Sequestros da Polícia Civil Leandro Ritt, à época responsável pelo caso.

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