Nathália Cardim
postado em 27/07/2016 06:58
A Polícia Civil de Goiás prossegue com as investigações para solucionar o assassinato do jornalista João Miranda do Carmo, 54 anos, em Santo Antônio do Descoberto (GO), distante cerca de 49km de Brasília. Até o momento, os autores dos disparos não foram presos. O delegado responsável pelo caso, Pablo Santos Batista, informou que não descarta relação entre o crime e o trabalho da vítima. As testemunhas começaram ontem a prestar depoimento.
[SAIBAMAIS]O assassinato aconteceu na noite de domingo. João Miranda estava em casa quando alguns homens chegaram em um Palio vermelho, chamaram-no na porta e atiraram 22 vezes. Sete tiros o acertaram. Os suspeitos fugiram e, apesar de o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) ter sido acionado, não houve tempo para salvar o jornalista.
A vítima tinha o site de notícias S.A.D sem censura, no qual publicava informações contra o governo e denunciava casos de tráfico de drogas no município goiano. Também produzia reportagens com denúncias contra adversários políticos, como o atual prefeito do município, Itamar Lemes do Prado. Além do trabalho como repórter, João Miranda pretendia ingressar na política e chegou a realizar a pré-candidatura para concorrer a vereador pelo PCdoB, em Santo Antônio do Descoberto.
Dois dias após a morte do comunicador, o clima na cidade é de tensão. Na manhã de ontem, as pessoas ainda procuravam entender o que motivou o crime. ;O desejo é que esse caso seja solucionado o quanto antes;, disse o amigo próximo do jornalista e vice-prefeito da cidade goiana, Valter da Guarda Mirim. Ele rompeu com o prefeito; por isso, não tem cargo no Executivo municipal.
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