Cidades

Mesmo afastada, Celina continua agindo nos bastidores da Casa

Ontem de manhã, a parlamentar barrou um colega em uma reunião e participou da reunião da CPI da Saúde, apesar de não integrar o colegiado

Otávio Augusto, Helena Mader
postado em 25/08/2016 06:00
Celina Leão conversa com o presidente em exercício da Câmara, Juarezão, que não ousa criticar qualquer um dos colegas afastados
O afastamento da deputada Celina Leão (PPS) da presidência da Câmara Legislativa por determinação da Justiça não fez com que ela perdesse o poder dentro da Casa. Aliada de distritais que estão em cargos estratégicos do Legislativo, ela deixou a cadeira na Mesa Diretora, mas se mantém à frente de articulações no comando da Casa ; especialmente as negociações relativas a investigações internas sobre o escândalo. Celina conserva a autoridade nos bastidores e até mesmo diante dos holofotes. Ontem de manhã, a parlamentar barrou um colega em uma reunião e participou da reunião da CPI da Saúde, apesar de não integrar o colegiado. Ela tenta, a todo custo, manter o funcionamento da comissão para incomodar o governo.

Acusada de envolvimento em um esquema de cobrança de propina para a liberação de recursos a empresas de UTI, Celina Leão está afastada da presidência desde terça-feira, quando foi deflagrada a Operação Drácon. Segundo a assessoria da deputada, a Câmara ainda não foi oficialmente notificada da decisão judicial, mas, diante da repercussão da medida, Celina já cedeu o cargo a Juarezão, vice-presidente da Casa. A Mesa Diretora recorreu ao Tribunal de Justiça do Distrito Federal contra o afastamento.

A chefe afastada da Câmara mantém todos os cargos a que tem direito no comando do Legislativo e ainda não desocupou a sala da presidência. A assessoria informou que o local não será esvaziado, uma vez que a decisão judicial é temporária e pode ser revertida a qualquer momento. A estrutura da Mesa Diretora tem 23 cargos, dos quais 15 são comissionados, cinco concursados e três requisitados. Os servidores não concursados da cúpula têm altos salários. O posto de secretário executivo, por exemplo, tem rendimento mensal de R$ 17.703,20. Até agora, só houve a exoneração de funcionários da vice-presidência indicados por Liliane Roriz (PTB), já que a renúncia dela do cargo foi definitiva.

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